A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu que o país não exporte a matéria-prima do biocombustível, mas o produto já processado. Segundo ela, há interesse da União Européia em "nos especializar em fornecedores de matéria-prima, coisa que não é do nosso interesse".
Dilma falou em palestra durante o seminário Biocombustíveis: a Nova Fronteira da Energia, no Rio. A ministra criticou o plano da União Européia que, segundo ela, tem como foco para a utilização de energias renováveis a utilização do biodiesel a partir da importação da matéria-prima para a produção de energia.
Segundo a ministra, "o Brasil vai responder com o selo social às exigências cada vez maiores das legislações dos Estados Unidos e dos países da União Européia e do Japão do ponto de vista dos padrões socioambientais, critérios de sustentabilidade, condicionantes trabalhistas e quesitos ambientais rigorosos --para impedir que não sejam criadas barreiras não-tarifárias para os nossos renováveis."
Segundo projeções feitas por Dilma Rousseff, as pretensões dos países do bloco é de chegar a 2010 adicionando 5,75% de renováveis à demanda por combustíveis, totalizando 16 milhões de litros de álcool e outros 515 milhões de litros de biodiesel.
Já os Estados Unidos, que tem foco no etanol, a meta é reduzir em 20% o consumo de gasolina nos próximos dez anos, o que criará uma demanda potencial por etanol de mais 40 bilhões de litros de álcool.
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Agência Brasil, 13/08/2007)