Uma tecnologia gaúcha pode garantir um novo destino para as
cinzas originadas pelas queimas de carvão especialmente de usinas
termoelétricas. Em vez de serem despejadas em aterros, prejudicando o meio
ambiente, os resíduos poderão ser usados como matéria-prima para tijolos. A
Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), responsável pela inovação, tem
agora um desafio: convencer indústrias de construção a trocarem a argila pelas
cinzas para construir os artefatos. A iniciativa, no entanto, já recebeu o
apoio do Banco de Resíduos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul
(Fiergs).
Inédita no Brasil, a tecnologia gaúcha tem tudo para se
tornar viável em função do perfil produtivo do Estado. Se alcançar escala comercial,
o invento poderá auxiliar na redução do déficit habitacional do Rio Grande do Sul, hoje com 500 mil unidades. “Com os resíduos do carvão, podem ser
fabricados tijolos, construir paredes, casas, colégios, estradas, enfim, uma
série de coisas”, afirma o gerente do Departamento de Meio Ambiente da Cientec,
geólogo Geraldo Mário Rohde.
(JC-RS, 13/08/2007)