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desmatamento
2007-08-14
Desde que a superintendência regional do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama/Acre passou intensificar as fiscalizações preventivas na região da Amazônia Ocidental que os desmatamentos ilegais teve uma queda de 85% comparado com o mesmo período do ano passado.  Os dados referentes o ano de 2005/2006, na região da Ponta do Abunã (limites do Acre com Rondônia), chegaram à casa dos 20.700 hectares de área desmatada ilegalmente, conforme os relatórios das equipes de campo, que emitiram pesadas multas, por conta das infrações (que violavam a legislação em vigor) de crimes ambientais.

Mas os relatórios de 2006/2007, apontaram que o desmate ilegal não passa de 4.160 hectares, segundo as projeções do Departamento de Estatísticas do Ibama/Acre.  “A intensa fiscalização vem inibindo a ação dos grileiros que estavam patrocinando os desmatamentos na região”, revelou Anselmo Forneck, superintendente regional do Ibama/Acre.

Segundo ele, recente as equipes de fiscalização fizeram um sobrevôo a rodovia 364 (trecho Acre / Rondônia), onde identificaram mais dois pequenos desmatamentos nas comunidades de Nova Califórnia e Visto Alegre.  Imediatamente, uma equipe de campo deslocou para a área do desmatamento ilegal para notificar os infratores, através das coordenadas fornecidas pelo sistema GPS.  O proprietário foi multado e o processo administrativo encaminhado ao Ministério Público Federal – MPF para que os infratores possam ser responsabilizados criminalmente na Lei de Crimes Ambientais.

Nova Apreensão Anselmo Forneck revelou ainda, que durante uma incursão a zona rural da Vila (durante o feriadão) os fiscais do Ibama apreenderam uma nova carga de madeira de lei que estava sendo retirada ilegalmente da Floresta Amazônica.  Os madeireiros fugiram do local, abandonando um caminhão e um trator que vinha sendo usado na atividade.  Depois do levantamento na área do desmatamento irregular, os fiscais constataram que a madeira de lei retirada ilegalmente beirava a casa dos 200 metros cúbicos de madeira.  Somente no ano passado, os fiscais apreenderam aproximadamente 5.500 metros cúbicos de madeira que vinham sendo retirados ilegalmente da floresta amazônica.  Como resultado da operação, diversas serrarias foram fechadas nas comunidades da Ponta do Abunã (Visto Alegre, Extrema e Nova Califórnia).

Ameaças
Depois do fechamento das serrarias, expedição de multas aos grileiros e madeireiros que estavam desmatando a floresta Amazônica, o superintendente regional do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama/Acre, Anselmo Forneck, passou a sofrer ameaças.  Atualmente, para cada canto que anda, uma dupla de agentes da Polícia Federal – PF o acompanha 24 horas.  “Apesar das ameaças não intimidamos, porque continuamos cumprindo a nossa fiscalização de rotina”, revelou Forneck.  Recentemente, Forneck denunciou a atuação criminosa das madeireiras peruanas, na região do Vale do Juruá, localizada na fronteira do Território Brasileiro.  Estas madeireiras sediadas na cidade Pucalpa, capital do Departamento de Ucayali estavam saqueando a Floresta Amazônica, no território Brasileiro.  Numa operação de rotina na área (ocorrida nos dias 2 a 4 de julho deste ano), no município de Marechal Thaumaturgo, foram apreendidos mil e quinhentos metros cúbicos de madeira de lei.

Aproximadamente 90% desta madeira eram mogno (Swetenia macrophylla), estavam abatidas em clareiras, que davam acesso ao ramais que interligam a fronteira seca peruana.  “As toras de madeira empilhadas nas clareiras abertas clandestinamente tinha destino o pátio da madeireira Florestal Venao”, denunciou o, superintendente regional do Ibama, durante a entrevista coletiva concedida aos meios de comunicação da capital.

Na fronteira peruana, aproximadamente 21 empresas madeireiras (financiadas com o capital das madeireiras asiáticas), são detentoras de aproximadamente 43 concessões de exploração de milhões de hectares de terras públicas, expedidas pelo então presidente peruano - Alberto Fujimori, na zona rural do Departamento de Ucayali.  Mas como estas empresas peruanas, obtiveram a aprovação dos seus planos de manejo florestal, as madeiras que vinham sendo furtadas da Reserva dos Ashaninka e do Parque da Serra do Divisor - PSD, para serem esquentadas com o selo do FSC (Forest Stewardship Council), para comercialização como madeira certificada no mercado internacional.

Operação Clandestina
A operação de esquentar madeira (retirada ilegalmente do Território Brasileiro), vinha rendendo milhões de dólares aos madeireiros peruanos que atuam na região de fronteira.  A madeira certificada procedente destas áreas de manejo florestal tem o passaporte garantido, para alcançar o mercado europeu e asiático que estão preocupados com a questão ambiental.  A certificação com selo do FSC (Forest Stewardship Council) atesta que a empresa conquistou os seguintes critérios: ambientalmente adequada, socialmente justa e economicamente viável.

O superintendente regional do Ibama/Acre acrescentou ainda, que desde que passaram intensificar as operações na fronteira com o Peru, que constataram cerca de 70 invasões dos madeireiros ao Território Brasileiro.  Detiveram aproximadamente 130 peruanos (homens mulheres e crianças), recrutados pelos madeireiros, para retirar madeira ilegalmente na região de fronteira.  Os acusados foram presos em flagrantes, deportados ou expulsos do País, por conta dos crimes ambientais que estavam praticando.

Mas a prisão de um engenheiro florestal e dois mateiros da empresa Florestal Venao, com mapas de área manejada no território brasileiro, transformou-se num incidente diplomático com o governo peruano Alan Garcia.  Notícia veiculada no jornal La Republica denunciava o seqüestro de três cidadãos peruanos na fronteira seca do território brasileiro.

(Por Cezar Negreiros, O Rio Branco, 13/08/2007)


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