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desmatamento da amazônia
2007-08-13
RIO DE JANEIRO - O índice de desmatamento da Amazônia foi reduzido em 25% no período entre agosto de 2005 e julho de 2006, confirmando a tendência de queda registrada nos últimos anos. A notícia, comemorada pelo governo, foi anunciada oficialmente na sexta-feira (10), durante uma coletiva de imprensa que contou com as presenças dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Reinhold Stephanes (Agricultura).

Os números anunciados pelo governo, já consolidados, são resultado do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia (Prodes) e confirmam a estimativa apresentada há alguns meses pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com base em outro sistema de monitoramento - o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) - que é mais rápido, porém menos preciso que o Prodes.

Esta é a segunda redução consecutiva no desmatamento da Amazônia registrada pelo governo. No período 2004/2005, foram desmatados na região 18.793 quilômetros quadrados, o que já representava uma redução de 31% em relação ao período anterior, quando tombaram mais de 27 mil quilômetros quadrados de floresta. No período 2005/2006, foram desmatados 14.039 quilômetros quadrados.

No acumulado, segundo o governo, o índice de desmatamento já foi reduzido em 49% desde que foi lançado em 2004 o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia, que é coordenado pela Casa Civil e conta com a participação de 13 ministérios: “O Brasil talvez seja um dos poucos países do mundo a ter a oportunidade de implementar um plano consistente que, ao mesmo tempo em que protege e preserva a rica biodiversidade da Amazônia, reduz de forma expressiva e rápida a contribuição do país ao processo de aquecimento global”, comemorou Dilma Rousseff.

Dois estados registraram aumento
Entre os nove estados da Região Amazônica monitorados pelo Prodes, sete apresentaram redução em seu índice de desmatamento. Aumentos foram registrados pelos satélites somente no Amazonas (3,72%) e em Roraima (73,68%). O assustador aumento em Roraima se explica porque o estado sempre foi um dos menos desmatados da região, mas sofreu com o deslocamento de madeireiros ilegais que tiveram seu trabalho dificultado no Amazonas e no Pará.

Apesar de ambos terem apresentado redução do índice de desmatamento, o Pará e o Mato Grosso continuam sendo os estados mais problemáticos. Com a tímida redução de 4,48% em relação ao período anterior, o Pará permanece o campeão em área desmatada, com 5.005 quilômetros quadrados registrados entre 2005 e 2006.

Em segundo lugar vem o Mato Grosso, estado mais pressionado pelo avanço da monocultura da soja, que derrubou 4.333 quilômetros quadrados de floresta entre 2005 e 2006. Ainda assim, o resultado foi comemorado pelo governo, já que representou uma importante redução de 39,36% em relação aos 7.145 quilômetros quadrados desmatados no período anterior.

Boas estimativas para 2007/2008
O Pará também abriga o município com o maior crescimento no ritmo de desmatamento, Novo Repartimento, que aumentou a área desmatada de 214 quilômetros quadrados em 2004/2005 para 446 quilômetros quadrados em 2005/2006. O município campeão de desmatamento no período anterior, o também paraense São Félix do Xingu, foi objeto de um aumento da fiscalização do Ibama e da Polícia Federal e registrou uma importante redução de 1.406 quilômetros quadrados para 764 quilômetros quadrados.

O otimismo manifestado pelos ministros durante a coletiva de imprensa tem base também nas estimativas já realizadas pelo Deter para o período 2006/2007. Estas indicam um novo avanço na redução do desmatamento que ultrapassa os 30%. Caso essa estimativa seja confirmada pelos dados consolidados do Prodes - que só ficarão prontos no primeiro semestre de 2008 - a área desmatada este ano ficará abaixo dos dez mil quilômetros quadrados, menor índice desde 1988: “Estes resultados demonstram que, quando existe planejamento de governo e esforço integrado, qualquer quadro é possível de ser revertido”, comemorou a ministra Marina Silva.

(Por Maurício Thuswohl, Agencia Carta Maior, 10/08/2007)

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