Brasil e Panamá assinaram um convênio para a produção conjunta de biocombustíveis, principalmente etanol. O acordo foi firmado durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país. O Panamá conta com um estudo técnico que confirma sua capacidade para produzir etanol a partir de cana-de-açúcar, mandioca, milho ou palma, disse o ministro da Agricultura, Guillermo Salazar.
Em 25 de maio passado, Lula e Torrijos firmaram em Brasília um acordo de assistência para que o Panamá iniciasse o processo de análise técnica sobre as possibilidades de produção de biocombustíveis. O Panamá poderia destinar 288.000 hectares para o plantio de cana-de-açúcar, milho e palma visando à produção de biocombustíveis, com assessoria brasileira, segundo Salazar.
Os dois países também firmaram acordos para a troca de presos e um convênio de assistência legal mútua que facilitará a extradição de criminosos internacionais. O Panamá exige do Brasil a extradição do ex-jogador de futebol colombiano Fredy Rincón e do narcotraficante da mesma nacionalidade Pablo Rayo Montaño, acusados de envolvimento com o crime organizado e a lavagem de dinheiro no território panamenho.
O presidente manifestou, ainda, o interesse das empresas brasileiras em participar das obras de ampliação do Canal do Panamá, que terá um terceiro segmento de exclusas.
Lula deve visitar a Cidade do Saber, um complexo de universidades e centros científicos instalado em uma antiga base militar americana, e conhecer os detalhes sobre a construção do terceiro segmento de eclusas no canal, obra avaliada em 5,250 bilhões de dólares.
(France Presse, 11/08/2007)
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