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biopolímeros
2007-08-13
São Paulo quer tentar substituir as sacolas de plástico usadas em supermercados, locadoras, padarias e outros estabelecimentos comerciais por embalagens não descartáveis. No próximo dia 28, a Prefeitura lançará uma campanha para estimular a adoção dessas embalagens. No mês passado, o governador José Serra (PSDB) vetou um projeto de lei que obrigava o uso de sacolas oxibiodegradáveis no lugar das atuais plásticas. O tema gerou polêmica, já que a composição das oxibiodegradáveis ainda causa dúvidas sobre o prejuízo que pode causar ao meio ambiente. Em contrapartida, o governo diz que ainda neste mês deve ser aprovada a minuta do decreto de implementação da lei estadual de resíduos sólidos.

De acordo com o secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, pelo projeto que trata das sacolas, a responsabilidade ficaria com supermercados e com fabricantes do material. “Vamos incentivar programas de reciclagem de plástico pelas empresas e estimular a criação de novas alternativas para os resíduos.” Graziano afirma que o governo quer incentivar as pessoas a abandonar o hábito de usar sacolas plásticas.

PRÓPRIO EXEMPLO
O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, está engajado na preparação da campanha na capital. Casado e pai de seis filhos, Jorge é o responsável pela manutenção da despensa da família. “Criei a campanha paulistana observando a quantidade de sacolas de supermercado que trazia para casa”, diz.

A Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) também vai orientar panificadores de todo o País a incentivar clientes a levar a própria sacola para compras. A iniciativa foi inspirada na atitude dos comerciantes de Joinville (SC), que, desde 2004, oferecem 10% de desconto no pão e no leite para as pessoas que levarem uma sacola de casa. “Vamos elaborar uma espécie de kit, com DVD e um termo de adesão, para o panificador aplicar a campanha à realidade local do negócio”, afirma a diretora de Meio Ambiente da Abip, Roseli Steiner Hang.

DIVERGÊNCIAS
Muita polêmica ainda cerca o plástico oxibiodegradável. Isso porque, apesar de ele ter decomposição mais rápida do que o plástico usado atualmente, ainda não se sabe ao certo os efeitos no meio ambiente dos aditivos aplicados em sua fabricação. O fabricante do aditivo acelerador da decomposição do polímero diz que o produto é adotado em 40 países, como Alemanha e Estados Unidos.

Para a pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Lucia Mei, que está estudando a ação dos aditivos do produto no meio ambiente, ainda é cedo para saber o efeito das substâncias. “Seria prematuro dizer alguma coisa agora, pois toda informação pela metade gera confusão.” Já Graziano diz que o plástico oxibiodegradável é um “jogo de malandragem”. “Não há qualquer evidência técnica da condição ambiental desse tipo de produto”, diz.

O governo do Paraná, no entanto, está empenhado em aprovar o projeto de lei sobre a obrigatoriedade do oxibiodegradável. “Acreditamos que esta é a melhor opção para o Estado atacar essa fonte de resíduos representada pelas sacolinhas”, diz o secretário do Meio Ambiente paranaense, Rasca Rodrigues. “Não queremos esperar 200 anos por um processo que pode acontecer em 18 meses”, diz, sobre o tempo de degradação do plástico aditivado.

Em São Paulo, a maior crítica recebida pelo projeto de lei vetado pelo governador foi a restrição ao oxibiodegradável. Especialistas dizem que diversos tipos de material poderiam ser utilizados como alternativa às sacolas plásticas. Entre eles o papel e polímeros brasileiros, como o material plástico feito à base de cana-de-açúcar e mandioca. Apesar de os projetos ainda estarem em desenvolvimento, investimentos em pesquisas podem transformar o plástico nacional em sacolinhas biodegradáveis.

AS DIFERENÇAS
Atualmente: A matéria-prima usada para a fabricação da sacola plástica hoje é o polietileno, feito a partir do petróleo

Decomposição: Essas sacolas demoram cerca de 200 anos para se decomporem na natureza. Esse é o prazo médio estimado por especialistas, já que ainda não é possível afirmar com certeza o tempo exato de degradação desse tipo de material
Prejuízo à natureza: A decomposição do plástico libera gás carbônico e água. O excesso de gás carbônico é um dos fatores que provocam o efeito estufa
Desvantagem: Apesar de ser reciclável, o plástico tem desvantagens, como o longo prazo para a decomposição.

Oxibiodegradável: Esse tipo de sacola também é feita a partir do polietileno. Porém, um aditivo químico com sal metálico é introduzido na produção do filme durante o processo de fabricação das sacolas para acelerar a degradação.
Prazo: As sacolas oxibiodegradáveis demoram cerca de 18 meses para se decomporem.

Aditivo: Apesar de ter um processo de decomposição mais rápido do que o da sacola plástica usada atualmente, a oxibiodegradável contém aditivos químicos que podem atingir o meio ambiente.

Outras experiências: Pesquisadores brasileiros desenvolveram plásticos biodegradáveis, feitos à base de mandioca e de cana-de-açúcar. O açúcar é usado para alimentar bactérias, que o transformam em polímero plástico.

Benefício: Os biodegradáveis demoram, em média, um ano para se decompor
Problema: A tecnologia ainda não está adaptada para fabricação de sacolas plásticas

(Por Elisangela Roxo, O Estado de S.Paulo, 13/08/2007)

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