A companhia petrolífera hispânico-argentina Repsol YPF investirá US$ 900 milhões até 2010 na Bolívia, no marco do plano de investimentos estipulado com o governo do presidente boliviano, Evo Morales, segundo reportagem deste domingo (12/08) no jornal boliviano "La Razón". O valor foi divulgado pelo ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, depois que Morales advertiu as empresas que operam no país que rescindiria os contratos se não fossem concretizados os investimentos no setor, nacionalizado em maio do ano passado.
"Fechamos acordos com a Repsol YPF, que investirá US$ 900 milhões até 2010", disse Villegas, segundo o "La Razón". A companhia multinacional é sócia nos principais campos de gás da Bolívia, San Alberto e San Antonio, de onde se exporta o combustível para os mercados argentino e brasileiro. Além disso, a Repsol YPF administra a empresa mista Andina, que o governo Morales nacionalizou em 2006, embora a consolidação desta medida ainda esteja pendente de negociações para a compra de ações da companhia petrolífera estrangeira.
Em uma entrevista à emissora de rádio estatal "Patria Nova", o ministro Villegas afirmou hoje que na sexta-feira (10) começou um prazo que termina em 19 de agosto para que as empresas apresentem os planos de investimento ou o governo tomará decisões sobre os contratos. Além da Repsol YPF, a Bolívia conta com operações da Petrobras, da franco-belga TotalFinaElf, das britânicas British Gas e British Petroleum, entre as maiores do setor.
Villegas disse que havia "uma ou duas" empresas das maiores no país, que não quis identificar, que se opõem a apresentar planos de investimento que incluam o abastecimento do mercado interno, o que é exigido pelo Executivo. O ministro disse que a equipe jurídica do governo está analisando as decisões legais que podem ser tomadas caso as multinacionais não apresentem um plano de investimentos.
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Efe, 12/08/2007)