A exclusão de Mato Grosso da Amazônia Legal trará prejuízos políticos, financeiros e ambientais para o Estado. A avaliação é do deputado Alexandre Cesar (PT), que participou da abertura do Seminário de Meio Ambiente promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em parceria com o Univag.
Alexandre Cesar foi convidado para debater o projeto de lei, de autoria do senador Jonas Pinheiro (DEM/MT), que pretende manter na Amazônia Legal apenas os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia e Amapá.
De acordo com a atual legislação, donos de propriedades na região podem desmatar apenas 20% da área, sendo que os 80% restantes devem ser preservados.
Convidado, o senador não compareceu ao evento alegando retorno das atividades parlamentares naquela data.
A falta de um estudo profundo e recente para se conhecer as consequências do impacto ambiental que a medida traria para os três ecossistemas do Estado é o primeiro argumento utilizado pelo parlamentar para a não aprovação do projeto. Alexandre Cesar também acredita que a medida traria consequências políticas negativas para Mato Grosso, pois teria repercussão internacional em um momento que o mundo se preocupa e discute o aquecimento global e a devastação da natureza. "Uma medida dessa natureza é como uma autorização do poder público para aumentar os índices de desmatamento".
(Diário de Cuiabá, 10/08/2007)