Se a previsão meteorológica estiver correta, uma frente fria deve chegar a Rio Branco nesta semana com ventos fortes de até 20 quilômetros. Caso se confirme, as conseqüências serão desastrosas e em havendo focos de queimadas, haverá também danos imprevisíveis. A informação é da Promotora de Meio Ambiente do Ministério Publico do Estado do Acre (MPE), Meri Cristina Amaral. A situação é preocupante e o risco de incêndios é maior com os ventos. A única forma de prevenir danos maiores é evitar as queimadas entre os dias 10 e 12 deste mês. Os dados, segundo a promotora, são do Instituto de Pesquisas Espaciais - CPTEC/INPE. “Estamos com uma situação climática diferenciada de outras épocas, a umidade está muito baixa, pouca água disponível no sistema, com a vegetação bem mais seca e conseqüentemente mais inflamável. Todos esses fatores levam o Acre a figurar nesses dias numa situação de alto risco para a probabilidade de incêndios” explicou ela.
A preocupação maior do MPE é com a área rural, pois a quantidade de matéria orgânica queimada é muito maior. “Se antes nós estávamos batendo firme na questão das queimadas urbanas, a nossa preocupação agora é com as queimadas rurais, que ocorre em muitas propriedades simultaneamente e numa área de terra bem maior do que nas queimadas urbanas”, afirmou a promotora.
A frente fria chegará de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, colocando todo o estado numa situação de risco. Em razão do vento, há a probabilidade da região ser encoberta por uma camada de fumaça proveniente da Bolívia, em razão da direção do vento.
As previsões para os municípios do Alto Acre são piores, pois a ausência de chuva e os ventos mais fortes poderão trazer a fumaça das queimadas não só do Brasil, mas da Bolívia.
Um dado nada animador, revelado pela promotora é que o município de Feijó que não apresentava quase nenhuma incidência, hoje é o que tem apresentado maior número de focos de queimadas, segundo dados do pesquisador da Foster Brown, da Universidade Federal do Acre.
(Diário de Cuiabá, 09/08/2007)