O descarte inadequado de resíduos de difícil decomposição, que produzem contaminação dos aterros sanitários, são capazes de colocar em risco a qualidade de vida e comprometem os recursos naturais das atuais e futuras gerações. O destino correto desses podutos, como plásticos, papel e papelão, metais, vidros e outros descartáveis, deve ser uma das preocupações de todas as empresas engajadas na conservação do planeta.
Para superar esse desafio, políticas públicas e novas leis estão sendo elaboradas, tendo como eixo de orientação, a sustentabilidade do meio ambiente e a preservação da saúde pública. Diante dessa realidade o hospital Medical implantou o Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (PGRSS). Dessa forma 1.100 quilos de produtos entre papel, papelão e plásticos provenientes do local deixam de ir para o aterro e são entregues mensalmente numa parceria para a ARIL (Associação de Reabiitação Infantil de Limeira).
De acordo com o coordenador do PGRSS e técnico de segurança do trabalho da Medical, Marco Antônio Fortunato, o programa administra os resíduos (lixos) produzidos pelo hospital desde o armazenamento, passando pelo acondicionamento e a separação, e o que é reciclável ou não até o destino final. “Para isso, a Medical conta com empresas especializadas como a Tecipar, que faz a coleta diária dos materiais cortantes, quimioterápicos e infectantes e a Naturalis, que cuida da trituração das lâmpadas fluorescentes. A finalidade é separar o lixo hospitalar, evitando riscos aos usuários, ao meio ambiente e para reduzir a quantidade de resíduos produzidos”, declara. A coleta e separação já existia desde a inauguração do hospital, porém, esse aperfeiçoamento aconteceu após novas deteminações e as adequações das leis estaduais e federais”, explica Fortunato.
ComposiçãoOs resíduos de serviços de saúde possuem composição variada conforme suas características biológicas, físicas, químicas e de acordo com a origem de sua geração, bem como os biológicos contaminados, os objetos perfuro-cortantes, peças anatômicas, produtos químicos, tóxicos e materiais perigosos (solventes, quimioterápicos, produtos químicos fotográficos, formaldeídos, vidros, materiais de escritório em geral, plásticos descartáveis,além de resíduos alimentares entre outros). Portanto, o manejo sanitariamente adequado dos resíduos de serviços de saúde dos profissionais que trabalham em locais geradores desse material,deve ser feita de maneira precisa, para evitar disseminação de doenças.
O que é recicladoPara quem não sabe, não são apenas o plástico, papel e papelão que são reciclados. Até o óleo de cozinha usado no hospital, para o preparo das refeições também é reutilizado. Esse produto é separado e encaminhado para a Escola Senai, que o destina para a Pronto Óleo. Essa indústria recebe o óleo e utiliza-o na fabricação de massa de fixação de vidros e em troca doa material de limpeza para as casas assistenciais da cidade. O mesmo processo acontece com o plástico e o papel entregue para a ARIL. Eles recebem gratuitamente esse lixo e no processo de reciclagem revendem o material arrecadando verba para a instituição.
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Gazeta de Limeira, 12/08/2007)