Cientistas chineses realizam testes com aviões em grandes altitudes para eliminar nuvens e diminuir a possibilidade de que chuvas torrenciais atrapalhem a Olimpíada de Pequim no próximo ano . Na última quarta-feira (8/08), dezenas de cientistas sobrevoaram durante três horas a cidade de Hohhot, capital da Mongólia Interior, despejando compostos químicos desenvolvidos para dispersar as nuvens, segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
A missão faz parte de uma extensa pesquisa científica para aumentar as probabilidades de que haja sol e céu azul nas cerimônias de abertura e encerramento dos jogos, marcadas respectivamente para os dias 8 e 24 de agosto. A experiência coincide com o início da contagem regressiva de um ano para os Jogos Olímpicos de Pequim. Para Liu Xiaolin, funcionário do centro de controle meteorológico da Mongólia Interior, os testes foram relativamente bem-sucedidos.
"Apesar das nuvens não estarem tão espessas quanto esperávamos e de outras condições climáticas estarem desfavoráveis, conseguimos coletar uma quantidade suficiente de dados", disse Liu. Levados por três aviões, os 30 técnicos voaram por aproximadamente três horas em um raio de 80 km. Os pesquisadores então derramaram iodato de prata e diatomita nas nuvens, dois compostos que evitam a precipitação.
Liu disse que os métodos de dispersão não funcionaram bem em nuvens muito espessas ou muito longas, mas foram bem-sucedidos em nuvens menores. A China organizou um sistema extensivo que, segundo as autoridades, poderá fazer chover durante os jogos, se necessário --caso o ar de Pequim esteja muito poluído, por exemplo.
Vinte e seis bases foram espalhadas pela cidade para lançar os projéteis contendo os compostos químicos para induzir precipitações, atingindo nuvens a até 120 km de distância da cidade. Agosto é o mês das chuvas em Pequim, e as datas marcadas para as cerimônias de abertura e encerramento têm 50% de probabilidade de chuvas, afirmaram especialistas chineses.
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France Presse, 11/08/2007)