Nesta semana, o parlamento em Berlim se confrontará com uma decisão histórica: pela primeira vez no pós-guerra, o governo alemão pretende enviar soldados para combater fora do país. A resolução do gabinete do chanceler federal Gerhard Schroeder, que garante apoio militar aos EUA na guerra contra o Taleban, ameaça romper a coalizão de governo entre social-democratas e verdes. Em consonância com o partido de oposição neocomunista PDS, a ala pacifista dos verdes questiona a eficiência dos bombardeios americanos na luta contra o terrorismo. Os verdes de um importante reduto político como o Estado da Renânia do Norte-Vestfália repudiam a participação alemã na guerra. (Carta Capital/48, 14/11)