O anúncio da diminuição do desmatamento na Amazônia Legal foi elogiado pela ONG Greenpeace. Os dados pesquisados pelo Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que o desmatamento na Amazônia reduziu 25,9% de agosto de 2006 à agosto de 2007 e a tendência para o próximo ano também é de queda. Segundo a ONG, mesmo que os dados para 2006-2007 sejam provisórios, eles são muito "estimulantes", pois "mostram que o desmatamento inverteu a tendência de alta".
Para o coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, os esforços do governo na fiscalização e aumento das APA´s (Áreas de Proteção Ambiental) foram importantes para a diminuição do desmatamento, mas outros fatores precisam ser considerados como a queda do preço da soja e da carne. Adário avalia que é necessário se pensar na questão econômica para que se mantenha a diminuição do desmatamento.
"Não houve uma mudança estrutural na economia brasileira que permita a continuação da queda do desmatamento. Os fatores econômicos que foram favoráveis a floresta estão negativos, a economia está se aquecendo e a questão dos biocombustíveis pode aumentar o desmatamento no futuro", avalia o coordenador.
Segundo o Greepeace, vários fatores podem ter contribuído para esta queda, entre elas: a criação de milhões de hectares de áreas protegidas, aumento na fiscalização do Ibama, a queda de preço das commodities agropecuárias, desvalorização do real e até campanhas da sociedade contra o desmatamento.
(Agência Brasil/
Ambiente Brasil, 11/08/2007)