A temporada de furacões do Atlântico em 2007 será um pouco menos ativa do que o previsto inicialmente e deve contar com o surgimento de até nove furacões, afirmou na quinta-feira (09/08) a principal agência meteorológica do governo dos Estados Unidos. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) disse que a temporada de 2007 registraria entre 13 e 16 tempestades, dentre as quais entre sete e nove se transformariam em furacão. Desses, entre três e cinco poderiam ser classificados como furacões "grandes".
Em maio, a NOAA previu o surgimento de algo entre 13 e 17 tempestades, entre sete e dez furacões e entre três e cinco furacões com ventos de mais de 177 quilômetros por hora. "As condições mostram-se favoráveis para uma temporada incomum", afirmou Gerry Bell, meteorologista da agência. Os relatórios da NOAA sobre a temporada não especificam onde ou quando as tempestades tropicais e furacões ocorreriam. Há uma chance de "mais de 50 por cento" de que a anomalia climática conhecida como La Niña ocorrerá durante o auge da temporada de furacões, disse a agência.
A La Niña, que significa "menina" em espanhol, ocorre quando as temperaturas da superfície do oceano Pacífico descem a patamares excessivamente baixos, provocando mudanças nos padrões climáticos do mundo todo, entre as quais um aumento no número de furacões no Atlântico. A temporada de furacões no Atlântico, que chega ao fim no dia 30 de novembro, costuma atingir seu ápice entre 1º de agosto e o final de outubro. Em média, durante cada temporada, registram-se 9,6 tempestades, 5,9 furacões e 2,3 furacões grandes.
(Estadão Online/
Ambiente Brasil, 10/08/2007)