O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Panamá para uma visita oficial, na última escala da sua viagem por cinco países da América do Norte, Central e Caribe.
Acompanhado da primeira-dama Marisa da Silva, ministros e empresários, Lula foi recebido no Aeroporto Internacional de Tocumen pelo primeiro vice-presidente e chanceler panamenho, Samuel Lewis Navarro.
O avião da Força Aérea brasileira pousou às 22h desta quinta-feira (meia-noite no horário de Brasília), com duas horas e meia de atraso. Segundo a informação oficial, a demora foi causada por tempestades na Jamaica.
Na visita oficial de 24 horas ao Panamá, Lula vai procurar ampliar os investimentos e os negócios do Brasil no país, segundo fontes diplomáticas brasileiras. A visita retribui a do presidente do Panamá, Martín Torrijos, que esteve no Brasil em maio.
Panamá e Brasil atravessam um momento particularmente dinâmico, segundo o próprio Lula, num artigo publicado num jornal panamenho. O intercâmbio comercial entre os dois países reflete um ritmo sustentado de crescimento nos últimos cinco anos. Dos US$ 137 milhões de 2002, os números duplicaram para US$ 315 milhões em 2006.
O balanço comercial favorece o Brasil. Mas Lula promete "emendar o quadro" e "incentivar os investimentos brasileiros no Panamá e oferecer cooperação, associações e financiamento em áreas promissoras para a economia panamenha", segundo a carta publicada pelo jornal "Panamá América".
A extensa tradição panamenha no cultivo da cana de açúcar faz do país um forte candidato à liderança da indústria dos biocombustíveis na América Central, analisou o presidente.
O Brasil, acrescenta o artigo, procura "associações triangulares com países desenvolvidos para aumentar o fluxo de recursos para novos projetos nas América Central e Caribe" e defende a criação de um mercado global para o etanol, para beneficiar o maior número possível de países em desenvolvimento.
Lula também destacou a coincidência dos dois países na "visão de um sistema multilateral mais justo e equilibrado" e agradece pela "simpatia" demonstrada pelo Panamá à candidatura brasileira a um posto permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
(O Globo, 10/08/2007)
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2007/08/10/297216061.asp