O Ibama realizou uma vistoria na tarde de terça-feira nas praias da zona sul da unidade de conservação em São José do Norte para averiguar denúncias de aparecimento de peixes mortos. A vistoria é um prosseguimento à fiscalização que está sendo realizada no entorno do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.
Segundo constatou a chefe do parque, Maria Tereza Queiroz, que realizou uma vistoria de helicóptero no local, foram encontrados peixes pequenos, parcialmente enterrados, na sua maioria corvinas juvenis e outros cianídeos (nome da família dos peixes.) A informação começou a circular anteontem (6), com o aparecimento de pequenos peixes na praia do Mar Grosso em São José do Norte. Os peixes podem ter sido descartados quando os barcos perceberam a presença do helicóptero do Ibama que fazia fiscalização naquela região, antes de fugirem do local.
Segundo esclarece o chefe do escritório do Ibama em Rio Grande do Sul, Sandro Klippel, que também realizou uma vistoria ontem na praia do Cassino e encontrou pequena quantidade de peixes juvenis, parcialmente enterrados, os peixes encontrados (bagre, cascote ou corvina e maria luiza) não são descarte dos barcos chamados traineiras e sim descarte de arresteiros de parelha: “há muita confusão com o nome traineira, em geral as pessoas confundem e chamam todos os barcos grandes de
traineira, mas na verdade o nome define somente os barcos que trabalham na modalidade de cerco e não de arrasto”.
Sandro explica também que o cerco (feito por traineiras) é completamente diferente, e se uma rede alta, que cerca um cardume de peixes enquanto o arrasto de parelha é feito por dois barcos, cada um "puxa" a ponta de uma rede que tem correntes na parte inferior que arrastam no fundo. Ele lembra que é proibido arrastar até três milhas da costa (5,5km).
(Por Maria Helena Firmbach Annes,
Ibama/RS, 08/08/2007)