O número de queimadas em pequena, média, alta e crítica escalas atingiu o pico máximo nas últimas 48 horas no Estado do Amazonas, chegando a 193 focos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A região do “Arco de Desmatamento” foi o local onde, segundo o Instituto, mais houve detecção de queimadas.
Nos municípios de Manicoré, Apuí, Lábrea, Canutama e Humaitá foram registrados 177 focos. Ocorreram demais 13 incêndios em Novo Aripuanã, Coari, Uarini, Alvarães, Tapauá, Boca do Acre, Tefé e Jutaí.
Segundo dados do próprio Inpe, algumas causas primordiais contribuíram no aumento da quantidade de queimadas. Foram elas a preparação da terra para a agricultura, o corte de madeira para o comércio ilegal de toras e a maior intensidade nos ventos, o que ajudou a “carregar” o fogo para áreas bem mais extensas.
O tamanho da área devastada não foi divulgado no relatório de queimadas de ontem, mas o Instituto apontou detalhes referentes à região, enfatizando que os territórios onde houve registros dos incêndios estão localizados, na maioria, no sul do Amazonas, no setor territorial conhecido como Arco do Desmatamento, a qual é uma extensa faixa de terra que se estende do nordeste do Pará até o sul do território amazonense.
Semana passada, conforme o Inpe, a média de registros diários de queimadas havia se situado em torno dos 84 focos, incluindo descrições em diversas amplitudes. Esta semana, a quantidade de detecções mais que dobrou, apesar das ações da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, que tem atuado junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
(Por Renan Albuquerque,
Amazonas Em Tempo, 08/08/2007)