O Brasil e o México criaram um grupo de trabalho para discutir questões sanitárias de forma a melhorar as exportações agropecuárias brasileiras. O acordo foi acertado durante missão de brasileiras àquele país no período de 30 de julho a 6 de agosto, segundo informou nesta quarta-feira (08/08) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. Foi acertado ainda que uma missão mexicana desembarca no Brasil em outubro, para continuar as discussões entre os dois países.
O México, segundo o ministro, é um grande importador do setor agropecuário, com compras externas de aproximadamente US$ 18 bilhões. Desse total, o comércio feito fora do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) chega a US$ 7 bilhões, sendo que o Brasil participa com menos de US$ 300 milhões desse mercado.
De acordo com o ministro, os produtos brasileiros poderiam ser uma opção para os mexicanos, sem concorrer com os acordo feitos no âmbito do Nafta e com a agricultura interna daquele país.
De maneira geral, o comércio entre Brasil e México é positivo para os brasileiros desde 1998, e só no ano passado o saldo da balança comercial chegou a US$ 3,1 bilhões, embora o agronegócio exporte relativamente pouco.
Ainda segundo o ministro, foi discutido com os mexicanos a abertura do mercado de lácteos, carne suína do estado de Santa Catarina, carne de ave mecanicamente separada e arroz em casca, além da cooperação técnica na produção de biocombustíveis a partir do pinhão-manso - "mais promissor em várias regiões do Brasil ao contrário do dendê". O pinhão-manso é uma planta do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
(Por Daniel Lima, Agência Brasil, 08/08/2007)