O transporte de delegações pan-americanas, em carros e aviões, gerou a emissão de pelo menos 20 toneladas de dióxido de carbono. É o que revela um estudo preliminar, divulgado nesta quarta-feira (08/08), pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para neutralizar essas emissões, é que foi proposto o plantio de mudas de árvores, compensando cerca de 12 toneladas, num chamado “corredor verde”, explicou o diretor do Coppe, professor Luiz Pinguelli Rosa.
“Dessa forma, é possível fazer uma compensação: uma parte do que é emitido pela vinda dos atletas e das comitivas é compensada pelo carbono fixado nessas árvores”, disse Pinguelli. “Isso é um símbolo, até porque o Brasil tem uma grande contribuição para o efeito estufa, devido ao desmatamento, principalmente da Amazônia”, acrescentou o professor.
O Corredor Verde do Pan vai ligar o Parque Nacional da Tijuca ao Parque Estadual da Pedra Branca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ao todo, vão ser plantadas 100 mil mudas de plantas numa área de 50 hectares, o correspondente a 50 campos de futebol.
O secretário de Ambiente do Rio, Carlos Minc, informou que o projeto, que conta com apoio da Petrobras, irá mobilizar também a comunidade que vive no entorno dos dois parques florestais para o plantio das mudas.
“Nós não estamos vendo só a questão do clima, mas ainda reconstituindo a biodiversidade. Como serão plantadas centenas de espécies diferentes, de pau-brasil, de cedro, de jequitibá e várias outras, estamos restaurando também a biodiversidade da Mata Atlântica, largamente devastada”, completou Minc.
(Por Aline Beckstein, Agência Brasil, 08/08/2007)