A comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, afirmou que a mudança climática representa uma ameaça para a subsistência e o modo de vida dos povos indígenas do mundo, informou a Comissão Européia em comunicado. De acordo com o órgão executivo da União Européia (UE), o aquecimento global está alterando o entorno natural destas populações, "que tradicionalmente estabelecem uma forte ligação com a terra e com outros seres vivos".
Algumas das principais conseqüências da mudança climática que ameaçam a sobrevivência dos indígenas como indivíduos e como povo são o aumento do nível do mar, o desaparecimento das geleiras e a desertificação de terras que antes eram ricas em recursos. Ferrero-Waldner fez as declarações na véspera do Dia Internacional dos Povos Indígenas, que, para a UE, é a ocasião de celebrar a diversidade e riqueza cultural das populações autóctones em todas as partes do mundo.
"Estamos fazendo esforços para que a Europa faça um uso mais responsável da energia para melhorar a educação e a conscientização e para promover acordos internacionais", afirmou, ressaltando a liderança da Comissão Européia no combate à mudança climática.
A comissária insistiu ainda na necessidade de aprovar na Assembléia Geral da ONU uma declaração universal dos direitos dos povos indígenas, iniciativa que a organização anunciou pela primeira vez em 2003. "Espero que os obstáculos que persistem para a aprovação dessa declaração sejam eliminados rapidamente", afirmou Ferrero-Waldner.
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Efe, 08/08/2007)