Estrela - As águas do Arroio Estrela, altura da ponte Manuel Ribeiro Pontes Filho (ponte baixa), na Rua Tiradentes, causam má impressão a quem transita pelo local. O lixo, principalmente galhos e troncos de árvores, cobrem toda a superfície do curso. A Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano já realizou a retirada de troncos e outros fragmentos de maior porte. Mesmo assim, enorme quantidade de material orgânico, garrafas plásticas e artefatos de isopor formam uma camada sobre a água e dão um mau aspecto ao local.
Além da questão paisagística e sanitária, a ponte sofreu leve dano em sua estrutura. Um engenheiro do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) examinou a construção e liberou o tráfego. Conforme a secretária da pasta e bióloga Angela Maria Schossler, o problema é pequeno e será reparado pela prefeitura.
Segundo o biólogo da secretaria, Emerson Musskopf, a concentração de sujeira é causada pelo alto índice de chuvas na região, que fazem com que a água do arroio escoe para o Rio Taquari. Sem correnteza, o material represa entre os pilares em forma de arco da ponte. "Para que haja fluxo, é necessário um desnível entre o volume hídrico do rio e do arroio, caso contrário a água não escoa", explica.
Para Angela o maior impacto é visual. Conforme a secretária, a galharia provém de podas realizadas por moradores das proximidades, além dos estragos naturais causados pela força da água durante a enxurrada. Algumas pessoas que desbastaram a vegetação já foram notificadas pela prefeitura. "Eles acham que podar árvores é correto, faz bem às plantas. Mas essa visão está errada", alerta.
Com uma diminuição do volume pluviométrico, os resíduos orgânicos devem escoar pelo rio e se decompor. Como a prefeitura não dispõe de barco próprio, o Batalhão de Policiamento Ambiental deve ceder uma embarcação para que o restante do material seja retirado do arroio. A data ainda não está definida.
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O Informativo do Vale, 08/08/2007)