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2007-08-08
O manejo do pirarucu - considerado o maior peixe de água doce do planeta - traz benefícios aos ecossistemas aquáticos e às comunidades ribeirinhas.

Cerca de uma tonelada de pirarucu - o maior peixe de água doce do planeta - será pescada no Lago Santo Antônio, Município de Manoel Urbano (AC), entre os dias 7 e 10 de agosto.  A despesca, como o processo está sendo chamado, marca o sucesso de três anos de manejo comunitário do pirarucu, que vinha desaparecendo dos lagos da região, habitada por centenas de famílias que depende da pesca para sobreviver.

A despesca e a Feira do Pirarucu fazem parte do Projeto Alto Purus, realizado em conjunto por WWF-Brasil, Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e as Colônias de Pescadores de Manuel Urbano e Sena Madureira, desde 2003.  A iniciativa capacitou pescadores locais para implementar acordos de pesca na região, que consistem na criação de normas para regular a atividade, sua sustentabilidade e a reposição das espécies.

O Projeto Alto Purus trabalha em uma área de aproximadamente 200 mil hectares.  Em três anos de atividades, comunidades pesqueiras instaladas nos municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano estabeleceram acordos de pesca - homologados pelo Ibama e, portanto, com força de lei - para seis lagos.  Com os acordos, os pescadores têm relatado que quantidade e qualidade do peixe melhoraram, assim como o cumprimento das regras dos acordos.

No Lago Santo Antônio os pescadores decidiram em conjunto, em 2004, proibir temporariamente a pesca do pirarucu, pois a espécie estava ameaçada pela pesca excessiva.  Os resultados foram rápidos.  Em março de 2005, havia 56 peixes.  Pouco mais de dois anos depois, em maio de 2007, o número era de 187.

Houve também uma clara melhora na proporção entre pirarucus jovens e adultos, que saltou de 0,43 para 1,10 durante o período, demonstrando o sucesso do manejo.  Este indicador mostra que existem mais jovens do que adultos, garantindo novos indivíduos para os estoques da espécie.

Antonio Oviedo, técnico do WWF-Brasil, destaca que os acordos de pesca contribuem não só para o incremento da renda de comunidades que vivem da pesca.  “O pirarucu é um importante indicador do grau de conservação dos ecossistemas aquáticos.  Se a pesca é realizada de forma predatória ou a vegetação ao redor do lago está degradada, ele tende a abandonar o ambiente.  O manejo adequado cria as condições para que a espécie permaneça no lago”, avalia.

Os pescadores do Lago Santo Antônio decidiram que, entre 6 e 10 de agosto serão pescados 26 pirarucus adultos.  Isso deve corresponder a uma tonelada do pescado, com potencial de gerar para a comunidade aproximadamente R$ 6 mil reais.  Além da despesca, também serão retirados casais de pirarucus para o repovoamento dos lagos Santarém e Bananal no município de Manuel Urbano.  “O manejo do pirarucu é especialmente compensador para os pescadores, pois a espécie é sedentária.  Se o lago apresentar boas condições de conservação, os pirarucus permanecem nos lagos.  Assim, com o crescimento da população, os benefícios são usufruídos pelas famílias que habitam os lagos manejados”, explica o técnico do WWF-Brasil.

Antonio Oviedo destaca que, para dar mais visibilidade à atividade de manejo na região e também atrair mais parceiros para as iniciativas do Projeto Alto Purus, os pescadores decidiram organizar a despesca e, posteriormente, a feira do Pirarucu manejado no Acre, entre os dias 15 e 19 de agosto.  Durante a feira serão feitas exposições dos trabalhos de manejo, comercialização e degustação de pratos feitos com pirarucu.  Ainda no dia 17 será realizado o I Seminário de Pesca do estado para discutir as possibilidades de expansão desta experiência para outras regiões do estado.

(Por Bruno Taitson, WWF International, 07/08/2007)


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