Em prosseguimento à fiscalização que está sendo realizada pelo Ibama no entorno do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, foi feita uma
vistoria na tarde desta terça-feira (07/08) nas praias da zona sul da unidade de conservação em São José do Norte para averiguar denúncias de aparecimento de peixes mortos. Segundo constatou a chefe do parque, Maria Tereza Queiroz, que realizou uma vistoria de helicóptero no local, foram encontrados peixes pequenos, parcialmente enterrados na sua maioria corvinas juvenis e outros cianídeos (este é o nome da
família dos peixes.) A informação começou a circular ontem (06/08),
com o aparecimento de pequenos peixes na praia do Mar Grosso em São José do Norte.
Os peixes podem ter sido descartados quando os barcos perceberam a
presença do helicóptero do Ibama que fazia fiscalização naquela
região, antes de fugirem do local. Segundo esclarece o chefe do escritório do Ibama em Rio Grande, Sandro Klippel, que também realizou uma vistoria hoje na praia do Cassino e encontrou pequena quantidade de peixes juvenis, parcialmente enterrados, os peixes encontrados (bagre, cascote ou corvina e maria luiza) não são descarte dos barcos chamados traineiras e sim descarte de arresteiros de parelha: "Há muita confusão com o nome traineira, em geral as pessoas confundem e chamam todos os barcos grandes de traineira, mas na verdade o nome define somente os barcos que trabalham na modalidade de cerco e não de arrasto". O cerco (feito por
traineiras) é completamente diferente, usa-se uma rede alta, que cerca
um cardume de peixes enquanto o arrasto de parelha é feito por dois
barcos, cada um "puxa" a ponta de uma rede que tem correntes na parte inferior que arrastam no fundo. Sandro lembra que é proibido arrastar até três milhas da costa (5,5km).
(Por Maria Helena Firmbach Annes, Ascom Ibama RS, 07/08/2007)