A seca castiga o Sudeste do Tocantins. Segundo a Defesa Civil do estado, mais de 8 mil moradores da Zona Rural não têm água potável para beber. As lavouras estão perdidas.
A seca acabou com as lavouras da comunidade quilombola dos Calungas, no município de Arraias, perto da divisa com Goiás. Não houve colheita. “Perdemos arroz, mandioca, abóbora, milho, batata, maxixe, jiló”, diz o agricultor Eremito dos Santos Rosa. Em Paranã, a pecuária sente os efeitos da seca. Os produtores contabilizam os primeiros prejuízos. Até agora, 500 cabeças de gado morreram pela falta de água, segundo a Agência de Defesa Agropecuária.
Os ribeirões desapareceram. A mesma água que vai para o gado é usada no consumo de 8 mil pessoas. Para matar a sede, elas cavam buracos nos leitos dos rios.
A cor amarelada e o cheiro forte preocupam, mas é a única água que o agricultor Ananias Santos Rosa tem para beber no quilombo onde mora. “Eu dou graças a Deus porque é o que serve a gente”, diz.
Representantes da Defesa Civil do Tocantins estão em Brasília para tentar a liberação de recursos para a compra de cestas básicas e fornecimento de água.
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G1, 07/08/2007)