Estudo liderado pelo paleoclimatologista Curt Stager sugere que chuvas inesperadamente fortes que atingiram o leste da África ao longo do século 20 precederam picos na atividade de manchas solares em cerca de um ano. Sabendo que as manchas solares atingem pontos máximos em ciclos de cerca de 11 anos, os pesquisadores esperam que os novos dados ajudem a evitar epidemias disseminadas por insetos. O trabalho aparece na edição desta terça-feira (07/08) do Journal of Geophysical Research.
"Esperamos que as pessoas usem esta pesquisa para prever eventos de chuva pesada", disse Stager, segundo nota divulgada pela Fundação Nacional de Ciência (NSF) dos EUA. "Esses eventos levam a erosão, enchentes e doenças". Manchas solares representam um aumento na energia emitida pelo Sol. O próximo pico do ciclo de 11 anos é esperado para o período 2011-2012.
Se o padrão se mantiver, chuvas deverão ser torrenciais no ano anterior. Como mosquitos e outros insetos transmissores de doença prosperam no clima úmido, chuvas pesadas podem prenunciar surtos e epidemias. Os pesquisadores valeram-se de registros de chuva de até 100 anos atrás. Registros históricos do nível dos lagos Tanganica, Victoria e Naivasha também parecem confirmar a ligação.
(Estadão Online/
Ambiente Brasil, 08/08/2007)