Os danos ambientais causados pelas sacolas plásticas produzidas a partir de petróleo podem estar com dias contados no Rio Grande do Sul. Tramita na Assembléia Legislativa do Estado projeto de lei do deputado Adroaldo Loureiro (PDT) que obriga estabelecimentos comerciais a utilizar embalagens plásticas biodegradáveis, elaboradas com CO2, água e biomassa, o que resulta num produto menos tóxico e com tempo de deterioração inferior às sacolas usadas atualmente, que levam de 100 a 300 anos para se decompor no meio ambiente.
De acordo com a proposta, os estabelecimentos terão prazo de até três anos, a contar da publicação da lei, para substituir as atuais sacolas plásticas, consideradas por especialistas como extramemente danosas ao meio ambiente, pois poluem rios e lagoas, ocasionado também entupimento de tubulações; e quando jogadas em aterros, demoram anos para se decompor, provocando gases que colaboram para o aquecimento global e impedem a decomposição dos demais materiais.
Loureiro lembra que empresas, como a Braskem, de Triunfo, já estão desenvolvendo tecnologia para produzir materiais biodegradáveis, como o chamado plástico verde, feito a partir do etanol da cana-de-açucar, que levaria apenas 100 dias para se degradar completamente. O parlamentar observa que no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná já existem propostas nesse sentido; e em muitos países, como Alemanha e Irlanda, o uso desse tipo de material plástico é restringido. "Não propomos a punição do consumidor, mas a adoção de tecnologias que já estão ao nosso alcance e que podem ajudar na preservação do meio ambiente. O aquecimento global e a poluição são problemas que geram preocupação para a humanidade e nos desafiam a buscar alternativas para sua minimização", justifica Loureiro.
(Poe João Silvestre, Agência de Notícias AL-RS, 07/08/2007)