O governo hondurenho espera fechar acordos com o Brasil para a exploração de petróleo em seu território, paralelamente à produção de biodiesel, informou na segunda-feira (06/08) o chanceler Milton Jiménez, na véspera da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A visita de Lula inicia "a abertura do diálogo político-histórico entre os dois governos e, certamente, a possibilidade de o Brasil, por intermédio da Petrobras, explorar o potencial petrolífero do Caribe hondurenho", disse o chanceler à rádio local HRN.
Lula chegará a Tegucigalpa na manhã desta terça, e logo se reunirá com seu colega hondurenho, Manuel Zelaya, na Casa Presidencial. Jiménez lembrou que há estudos sobre a existência de petróleo no Caribe hondurenho, a uma profundidade que torna difícil a exploração, mas que a Petrobras desenvolveu a tecnologia mais avançada do mundo para retirar petróleo nestas condições. A visita de Lula "é um fato histórico, a primeira de um presidente brasileiro, uma potência mundial, em 101 anos (...) de relações diplomáticas".
Jiménez reafirmou que "um dos pontos mais importantes da visita é a cooperação sobre os biocombustíveis". "A idéia é avançar ainda mais nesse processo, mas há outros elementos importantes nesta visita em matéria de cooperação, como a troca de conhecimentos sobre os sistemas de saúde", disse Jiménez. Neste sentido, o chanceler revelou que Honduras está interessada na aquisição de anti-retrovirais produzidos no Brasil para tratar de doentes com Aids, assim como no apoio técnico brasileiro para criar um banco de leite materno, administrar recursos hídricos e desenvolver o futebol.
Também há interesse "na possibilidade de capacitar de forma técnica os sistemas de produção pecuária e organizar as redes agroalimentares a partir da produção de leite, suínos e grãos". "Em matéria de investimentos, o presidente Lula vêm acompanhado por um bom número de empresários. Isto vai ser propício para a relação empresarial entre Brasil e Honduras e os brasileiros verão as vantagens de investir no nosso país", concluiu o chanceler.
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A Tarde, com informações da AFP, 06/08/2007)