A equipe de arqueologia, contratada para acompanhar as obras de drenagem do Conduto Álvaro Chaves-Goethe pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), encontrou 9.306 peças arqueológicas em dois anos de trabalho. Entre os materiais coletados, encontram-se louças, vidros de remédios e bebidas, metais como ferraduras e urinóis, materiais de construção diversos, ossos de animais e couro, a maior parte da primeira metade do século XX e alguns do final do século XIX. Com a análise desses objetos pretende-se identificar e conhecer melhor a história da cidade.
Nas escavações da região do antigo traçado do Arroio Tamandaré, no Bairro Auxiliadora, modificado e canalizado na década de 30, foram identificados locais de depósito de lixo doméstico no próprio arroio. Esse lixo traz informações sobre os moradores desse entorno do começo do século XX.
Acervo
A procedência do material coletado do século XIX é, na sua maior parte, européia. As louças geralmente são inglesas. O material do início do século XX, mais conservado, é de origem da indústria nacional. Sobre essa produção do início do período industrial no Brasil e particularmente em Porto Alegre, há poucas referências. Esse material será de grande relevância para ajudar a contar a história do desenvolvimento econômico da cidade e do país.
O acervo está provisoriamente depositado no Laboratório de Arqueologia e Etnologia do Museu de Ciências Naturais da Ulbra de Canoas (prédio 12). Todas as peças estão sendo lavadas e conservadas com o auxílio dos alunos da Ulbra.
(Ascom Prfefeitura de Porto Alegre, 06/08/2007)