Não é mais segredo para ninguém que a educação ambiental é um aprendizado cada vez mais necessário à conservação do planeta e a todas as form as de vida que habitam nele. Diante desse cenário, muitos professores estão reinventando a forma de dar aula para aproximar seus alunos da natureza e mostrar, nesse contato real, qual é o comportamento correto que eles devem seguir para assegurar um amanhã sustentável. É pensando na construção de cidadãos assim que o Colégio Franciscano SantAnna criou situações que reproduzem fenômenos de desequilíbrio ambiental estudados, até então, só nos livros.
O laboratório que amplia o conhecimento dos estudantes a respeito da chuva ácida e do efeito estufa funciona dentro do Sítio Franciscano, a poucos quilômetros da escola. Lá, tanto os alunos da pré-escola quanto os do Ensino Médio recebem reforços práticos de temas trabalhados em aulas de geografia, matemática e, principalmente de química e b iologia, em uma iniciativa coordenada pelo professor Álvaro Cunha. Em uma estufa onde estão cultivados diferentes tipos de verduras, a gurizada acompanha os danos que essas plantas sofrem quando o ar responde, com uma chuva carregada de ácidos sulfúrico e nítrico, à quantidade de poluentes jogados nele todos os dias.
- A gente sempre ouvia falar da chuva ácida, mas aqui tivemos a noção do tamanho do estrago quando poluímos nossa atmosfera. As plantas ficam destruídas, corroídas, e jamais poderão ser consumidas - lamentou a estudante Juliana Marion, 14 anos, do 1º ano do Ensino Médio, diante da chaminé que solta uma fumaça, originada pela queima de combustíveis, a exemplo do que fazem os motores dos automóveis.
Para a professora de biologia Marta Zanella, a experiência tem ajudado os alunos a assimilar melhor os conteúdos, como também vem ajudando a torná-los mais sensíveis quando o assunto é a preservação do nosso planeta:
- Estudamos ainda os valores nutricionais dos alimentos, os tipos de solo... Nosso objetivo é oferecer um ensino prático, próximo da realidade. Tudo para que formemos alunos críticos e comprometidos com o meio em que vivem.
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Diário de Santa Maria, 07/08/2007)