Cedo ou tarde, Porto Alegre vai ter que decidir o que fazer com o arroio Dilúvio, que virou a lata de lixo de parte da cidade. A proposta do arquiteto Paulo Lemos é cobri-lo com elementos de concreto armado protendidos e pré-fabricados, retendo antes disso "os corpos estranhos" lançados a partir de suas nascentes. Os novos usos do novo chão levariam em conta as peculiaridades ao longo do percurso: quiosques de alimentação, quadras poliesportivas para locação, sanitários, vestiários, playground, percursos de caminhadas, recantos de estar. A acessibilidade segura poderia dar-se via passarelas elevadas e/ou túneis sob as vias de tráfego.
Concurso público
Sobre o Dilúvio caberia também, para não comprometer o futuro, a previsão para transporte de massa, já que é um eixo óbvio no rumo de Viamão. Paulo Lemos reconhece que se trata de uma idéia ainda embrionária. O projeto definitivo seria via concurso público de arquitetura. E sua realização aliaria obviamente o setor privado.
(Por Affonso Ritter,
JC-RS, 06/08/2007)