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tratamento de esgoto
2007-08-06
De terça (07/08) a quinta-feira (09/08) próximas, será realizada em São Paulo (SP), no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, a Fenasan 2007 – XVIII Feira Nacional de Materiais e Equipamentos para Saneamento –, tida como um dos mais importantes eventos do setor. Promovida anualmente desde 1990, a feira é uma realização da AESABESP – Associação dos Engenheiros da Sabesp – e, neste ano, estima reunir 16 mil profissionais, entre técnicos, empresários, estudantes, gestores e pesquisadores de órgãos públicos e privados do setor, interessados no avanço da aplicação dos conhecimentos em saneamento básico e ambiental no Brasil e no exterior.

Em solo nacional, essa deveria ser uma preocupação ininterrupta por parte dos poderes públicos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), quase 25% de todos os leitos hospitalares do mundo estão ocupados por enfermos portadores de doenças veiculadas pela água, facilmente controladas por ações de saneamento. No Brasil, este percentual pode chegar a 65%.

Segundo o diagnóstico elaborado para a realização da Conferência Nacional das Cidades, com base nos dados divulgados por pesquisas do IBGE, é justamente aos mais pobres que o saneamento falta. A maioria dos cerca de 18 milhões de pessoas que não têm acesso à água encanada nas áreas urbanas moram em habitações precárias nas “favelas, invasões, loteamentos clandestinos e bairros populares das periferias dos grandes centros, ou em pequenos municípios particularmente do semi-árido”.

O quadro apresentado em 2004 pelo Atlas do Saneamento do IBGE teve como base os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), divulgada em 2002, combinados com informações do Censo 2000 e de instituições do governo e universidades.

O estudo do IBGE mostrou que, em 2000, foram registrados mais de 800 mil casos de seis doenças - dengue, malária, hepatite A, leptospirose, tifo e febre amarela - que estão diretamente ligadas à má qualidade da água, às enchentes, à falta de tratamento adequado do esgoto e do lixo. Naquele ano, mais de 3 mil crianças com menos de cinco anos morreram de diarréia.

Cerca de 83 milhões dos brasileiros que vivem nas cidades não dispõem de esgotamento sanitário adequado, sendo que mais de 36 milhões vivem nas regiões metropolitanas. Entre os serviços de saneamento básico, o esgotamento sanitário é o que tem menor presença nos municípios brasileiros. Dos 4.425 municípios existentes no Brasil em 1989, menos da metade (47,3%) tinha algum tipo de serviço de esgotamento sanitário e, 11 anos mais tarde, os avanços não foram muito significativos: dos 5.507 municípios, 52,2% eram servidos. Apesar de no período de 1989-2000 haver tido um aumento de aproximadamente 24% no número de municípios, o serviço de esgotamento sanitário não acompanhou este crescimento, pois aumentou apenas 10%.

A demanda por tratamento de esgoto também é expressiva: mais de 93 milhões de pessoas que vivem nas cidades e têm ou deveriam ter seus esgotos coletados por rede pública ou fossas sépticas não têm seus esgotos tratados; quase todo o esgoto coletado nas cidades é despejado in natura na água ou no solo. A poluição dos rios em torno das maiores cidades brasileiras compromete em alguns casos os mananciais de abastecimento. A poluição das praias em diversas cidades continua a ser grave problema, dificultando o desenvolvimento do turismo e da economia local.

“É assustador saber que as principais capitais brasileiras não cuidam de seus dejetos”, diz a historiadora Ana Cristina Augusto de Sousa, mestre em Ciência Política pela UFRJ, no artigo Por uma Política de Saneamento Básico: A Evolução do Setor no Brasil - publicado pela Achegas.net – Revista de Ciência Política -, fonte dos dados divulgados nesta reportagem.  

Segundo ela, no Rio de Janeiro, mais de 50% do esgoto coletado não recebe tratamento. Em São Paulo, o percentual é menor, mas ainda significativo: 35%. Entre as capitais, os destaques negativos são: Rio Branco, Manaus, São Luís e Belo Horizonte, que despontam como cidades que não tratam um metro cúbico sequer de seu esgoto.

Assim, são mais que bem vindas soluções em saneamento que não dependam exclusivamente da boa vontade nem dos recursos governamentais para serem concretizadas. Na Fenasan 2007, será exposta, por exemplo a Mizumo Tower, um sistema compacto de tratamento de esgoto no formato vertical, próprio para empreendimentos com até 4 mil pessoas. O produto, desenvolvido pela Mizumo, permite reúso da água para fins não potáveis e pode ser implantada em conjuntos habitacionais e bairros de cidades de médio e grande portes.

Conforme material de divulgação da empresa, todos os itens atendem às exigências da resolução nº 357/05, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)

(Por Mônica Pinto, AmbienteBrasil, 03/08/2007)

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