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2007-08-06
Além de provocar transtornos ao tráfego, nuvem de partículas prejudica a vida de quem mora às margens da rodovia e danifica a vegetação

A nuvem de material particulado proveniente do transporte de minério na BR-040, na saída de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, tem provocado transtornos ao tráfego e prejudicado a vida de quem mora às margens da rodovia, além de deixar a vegetação constantemente empoeirada.

Os prejuízos trazidos pelos caminhões de carga foram constatados pela reportagem de O TEMPO, que percorreu o trecho entre o bairro Belvedere, na região Centro-Sul da capital, até o bairro Pires, em Congonhas, na região Central. O cenário no trajeto é praticamente o mesmo: intenso fluxo de carretas carregadas de minério, visão da pista prejudicada pelo pó, sinalização encoberta pela sujeira e perigo constante na rodovia.

De acordo com a supervisora de Estudos, Projetos e Meio Ambiente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Marília Fernandes Zazá, os problemas são visíveis tanto em épocas de sol quanto de chuva. "Quando o minério sai molhado ele deixa uma lama na estrada que, quando seca, gera uma poeira que atrapalha a visibilidade do motorista", explica.

Outros problemas causados pelo minério são os entupimentos do sistema de drenagem da pista e risco de derrapagem. Pedras que se desprendem das caçambas também trazem risco aos demais veículos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza a fiscalização da carga na pista. Conforme o inspetor Aristides Júnior, as ocorrências mais registradas são as de pára-brisa quebrados ou trincados, mas a dificuldade em flagrar os caminhões irregulares impossibilita a aplicação de multas.

Alternativas
Segundo o Dnit, as mineradoras estudam alternativas para amenizar o problema da poeira, como a possibilidade de pavimentação das vias de acesso entre as empresas e a rodovia. Outra alternativa seria a implantação de lavadores para limpeza das caçambas após descarga do minério e intensificação na fiscalização dos caminhões para checar as condições de conservação das lonas de proteção.

Empresas prometem traçar plano de contenção

As mineradoras que utilizam a BR–040 como via de transporte de carga se comprometeram a traçar um plano de contenção da emissão de particulados na rodovia. As providências foram exigidas no mês de junho, em audiência pública na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O programa visa minimizar os transtornos com a poeira, a intensidade de fluxo de caçambas e os danos ambientais.

De acordo com o orientador da equipe de fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Luciano Mozer, seis das oito mineradoras envolvidas com o problema entregaram suas propostas até a semana passada. O órgão, responsável por intermediar as discussões entre mineradores e Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), analisa a viabilidade das propostas. O prazo de entrega das sugestões expirou, mas as empresas em atraso terão uma nova data para se posicionarem.

Moradores do bairro Pires, localizado às margens da BR–040, a 10 km do centro de Congonhas, se sentem bastante prejudicados pela poeira oriunda do transporte de minério. Todas as casas são cobertas por uma camada de pó vermelho e não é difícil encontrar pessoas que sofrem de problemas respiratórios. “Ocorrências de doenças como rinite alérgica, bronquite, asma, gripe e febre são comuns”, diz a enfermeira Gisele Paula, que trabalha no posto de saúde do bairro.

Segundo a diretora de uma escola pública no Pires, Rosângela Elizabete, alunos costumam faltar às aulas ou saem no meio do horário por causa de problemas respiratórios. Foi o caso da pequena Taís, 4, do ensino infantil. Ela voltou para casa com febre e rouquidão. Problemas de acesso, por causa de uma passagem de nível para o transporte de carga ferroviário, também interfere no cotidiano do bairro.

A Prefeitura de Congonhas está elaborando um projeto de duplicação da rodovia, de modo que a travessia de pedestres seja subterrânea. Sérgio Carrato, gerente de arrendamento e patrimônio da Ferrovia Minas, Rio, São Paulo, empresa responsável pelos trilhos, informou que a linha está de acordo com a lei.

(Valquiria Lopes, O Tempo, 06/08/2007)







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