O estudante do curso de Biologia da Faculdade São Lucas, Everton Guzem Braga, teve o projeto de pesquisa selecionado pelo PIBIC no ano passado. O projeto já está em fase de conclusão, e prevê a melhor maneira de se explorar matéria-prima para o biodiesel, de acordo com a região amazônica.
O orientador do estudante no projeto, o professor universitário Anselmo, está acompanhando toda a pesquisa, assim como, dando assessoria no processo que inclui técnicas de extração e pesquisa em laboratório. De acordo com a pesquisa, eles extraem o óleo do fruto da palmeira que produz o coco “Babaçu”, que após o beneficiamento em laboratório, se transforma em um óleo que é utilizado como matéria-prima para a produção de biodiesel. “Mas antes, existe um processo técnico até esse óleo chegar a sua composição liquida”, enfatiza o orientador.
Everton no último domingo apareceu em entrevista exclusiva no programa Universitando, que vai ao ar ao meio-dia pela programação regional da Redetv. Durante a matéria, ele explicou que o biodiesel pode ter outras composições, principalmente composições nativas, que já existam nos locais de produção. Ele defende a palmeira que produz o “coco babaçu” como uma solução mais barata para se chegar ao combustível natural aqui na região. De acordo com o pesquisador, em média são coletadas até 69 gramas de babaçu por palmeira, o que corresponde a 69% de eficácia na extração do fruto.
Outra vantagem atestada nessa pesquisa, explica Everton, seria a preservação da floresta que poderia vir a ser derrubada para se plantar o girassol – outra matéria-prima do biodiesel - aqui na Amazônia. “A palmeira “babaçu” é uma árvore natural dessa região. Isso pode dispensar o girassol, pois existem árvores suficientes para iniciar uma produção de biodiesel sem causar nenhum impacto ambiental”, finalizou.
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Rondonoticias, 01/08/2007)