A nave russa Progress M-59, com cerca de 1 t de resíduos, foi desacoplada hoje da Estação Espacial Internacional (ISS) e deve cair no Oceano Pacífico, informou o Centro de Controle de Vôos Espaciais (CCVE) da Rússia. A Progress M-59 se desprendeu da ISS às 11h02 de Brasília e, aproximadamente às 16h26 de Brasília, seus fragmentos carbonizados cairão no Pacífico cerca de 3 mil km ao leste da Nova Zelândia, disse um porta-voz do CCVE à agência Interfax.
Em forma de chuva de metal incandescente, os destroços do cargueiro caem em uma zona entre Oceania e as Américas sobre o paralelo 40 latitude sul, com profundidades de até 4 mil m, onde a Rússia afundou mais de cem aparelhos espaciais. Os destroços da Progress não representam nenhum risco para o meio ambiente, porque a maioria dos resíduos e a estrutura do aparelho se desintegram nas camadas superiores da atmosfera, devido ao atrito.
Dias antes, os tripulantes da ISS, os russos Yuri Yurchikhin e Oleg Kotov e o americano Clayton Anderson, encheram a Progress M-59 com resíduos e lixo acumulados na estação espacial durante os últimos meses. Após acopladas na ISS, as naves automáticas Progress cumprem funções de armazenamento de lixo, uma solução para a falta de espaço e o acúmulo de resíduos, entre os maiores inconvenientes na exploração das estação espacial.
Além disso, periodicamente os propulsores destes cargueiros servem para elevar a altura da órbita da ISS, que a cada dia cai entre 100 m a 150 m, devido à gravitação terrestre e a outros fatores. Assim, são aproveitadas totalmente as reservas de oxigênio e combustível nos tanques das Progress, que no momento de seu afundamento tem apenas o combustível necessário para realizar as manobras de pouso controlado e desintegração.
Segundo o CCVE, a porta de engate na qual estava acoplada a Progress M-59 será ocupada pela Progress M-61, que será lançada na quinta-feira às 14h33 de Brasília a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, e se acoplará à ISS no próximo domingo.
(Agência
EFE, 01/08/2007)