Uma parceria entre o Banco da Amazônia e o Banco do Japão para Cooperação Internacional (JBIC, na sigla em inglês) deverá resultar na aplicação de US$ 100 milhões em linhas de crédito subsidiadas, com taxas bastante atrativas, para o desenvolvimento de projetos socioambientalmente sustentáveis na região amazônica.
Estão sendo negociados com o Banco Japonês investimentos da ordem de US$ 70 milhões ao Banco da Amazônia, oriundos do seu Fundo de Assistência Oficial ao Desenvolvimento, a taxas de 1% ao ano, com carência de 10 anos e um prazo total de 30. A linha de crédito seria complementada com US$ 30 milhões do próprio banco regional, que pretende repassar os empréstimos a empreendimentos sustentáveis da Amazônia a taxas entre 3,5% e 5% ao ano.
Esse recurso de 100 milhões de dólares, a serem contratados em ienes japoneses, será injetado na região, orientado por um programa alinhavado pelas duas instituições, chamado "Amazônia Verde - Programa de Sustentabilidade Ambiental", para vigorar durante 25 anos. Para esse montante, serão priorizados projetos que desenvolvam atividades de saneamento, manejo florestal, reflorestamento, sistemas agroflorestais e ecoturismo.
Os critérios para definir a sustentabilidade de cada projeto ainda estão sendo estudados. Dentre eles, deve constar a exigência de certificação florestal, como o FSC, que atesta o respeito a questões ambientais, econômicas e sociais no manejo florestal. Para aqueles projetos que ainda não possuem o selo, está sendo verificada a possibilidade de os custos da certificação serem pagos pela própria instituição financiadora. Acredita-se que exista uma demanda de financiamento da ordem de US$ 250 milhões para projetos que se enquadram nesse panorama.
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Página 20, 01/08/2007)