(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
mata atlântica
2007-08-02
Pelo menos um milhão de mudas devem ser plantadas em áreas de degradação, de forma especial nas margens dos rios e na construção de corredores para interligar pontos remanescentes de mata atlântica na Paraíba. A iniciativa do governo do Estado ainda não tem data para ser lançada, mas o desafio já foi proposto à Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), que está produzindo mudas para serem utilizadas na operação. De acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Jurandir Xavier, a proposta é provocar um amplo reflorestamento em todo o Estado.

O anúncio foi feito ontem, na abertura do Diálogos Florestais 2007, promovido pelo Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool Biocombustível/ Etanol da Paraíba (Sindalcool), evento que reuniu experiências de proteção e ampliação de reservas de mata atlântica que estejam nas regiões onde as usinas estão instaladas. Jurandir não apenas avaliou a iniciativa como positiva, e acredita que a experiência do setor sucroalcooleiro pode ser multiplicada em outros setores e destacou que a secretaria tem sido parceira do trabalho. “Temos buscado apoiar da forma mais incisiva possível, porque acreditamos neste projeto”, garante.

O trabalho das usinas é conduzido pelo Programa Conhecer e Preservar a Natureza, que já plantou 100 mil mudas nativas de mata atlântica somente no ano passado, em trechos que ligam pontos isolados deste bioma na Paraíba, formando verdadeiros corredores de biodiversidade. Se o plantio continuar no mesmo ritmo de hoje, até 2037 terão sido recuperados 18 mil hectares e a Paraíba terá, com isso, a maior reserva deste bioma no Nordeste. Para o diretor da SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, o novo formato de produção de cana-de-açúcar implantado na Paraíba, pautado pela responsabilidade socioambiental, é uma tendência no mercado e o Estado está à frente em relação a outros pólos produtores do País como o Sudeste. “Com isso, o produto das usinas paraibanas tem um nível de competitividade diferenciado no mercado, principalmente internacional”, avalia.

Mario destaca que os usineiros paraibanos já entenderam que não é preciso devastar mais para ter espaço e desenvolver a cultura, já que existem outras possibilidades de expandir a produção. Ele lembra que, além disso, a lógica dos ambientalistas mudou e agora é preciso fazer intervenções propositivas em vez de simplesmente “demonizar” a produção.

A Paraíba conta com apenas 650 quilômetros quadrados de resquícios de mata atlântica, o que equivale a 10% do original. E a técnica da Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (Amane), Maria das Dores Melo, preocupa-se com o fato de que os pontos de preservação são bem pequenos, o que acaba facilitando ainda mais a extinção de algumas espécies, mas não é possível estimar quantas exatamente estão correndo perigo na região. “De qualquer forma, a iniciativa do setor sucroalcooleiro é interessante, porque demonstra que é possível ajudar a reverter este quadro de devastação sem deixar de produzir, gerar empregos e riqueza para o Estado”, otimiza.

Maria das Dores lembra que é impossível manter este processo vivo sem trabalhar em parceria, já que é preciso envolver diversos setores: a indústria, a sociedade civil e também o poder público. “Sempre houve distância entre as empresas e os ambientalistas, mas a experiência do programa do Sindalcool comprova que o diálogo é mais interessante para todo mundo”, avalia, destacando que a tendência de estabilização é sinal de que é possível também ampliar as reservas atuais.

Satisfeito com os resultados do evento, o presidente do Sindalcool, Edmundo Barbosa, também acredita que o setor conseguiu superar pequenas divergências com os ambientalistas para estabelecer uma visão para o futuro e trabalhar com uma perspectiva para os próximos 30 anos. “Não queremos trabalhar sozinhos, queremos apoio e aval de outras entidades que possam nos orientar para o sucesso deste projeto”, disse.

(Jornal da Paraíba, 02/08/2007)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -