A Operação Ouro Verde, executada pelo Ibama, no âmbito do Plano de Ação para a Prevenção e Controle ao Desmatamento na Amazônia Brasileira (PPCDAM/2007), está combatendo a extração, o transporte e o armazenamento ilegal de madeira entre outras atividades de fiscalização, a partir de barreira montada no encontro da Rodovia Transamazônica com a BR-163, em Itaituba, na localidade conhecida como Campo Verde. A operação Ouro Verde conta com o apoio da Polícia Militar do Pará e do 53º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro.
Coordenada pela Divisão de Controle e Fiscalização da Gerência Executiva do Ibama em Santarém-PA, entre os dias 28 de junho e 18 de julho, a equipe de fiscalização que atua nos municípios de Itaituba, Trairão e Rurópolis. Realização de barreira diária, atendimento a denúncias, rondas noturnas e vistorias em pátios de madeireiras foram algumas das atividades de fiscalização desenvolvidas durante a operação.
Nos trabalhos em barreira, os fiscais lavraram sete autos de infração que totalizaram R$ 230.918,10 em multas. Três Autos de Infração foram aplicados em virtude de uma vistoria de documentos e do pátio da empresa Indústria e Comércio de Madeiras Veronese Ltda, onde se constatou falta do Cadastro Técnico Federal no ato da fiscalização, além de depósito de 757 metros cúbicos de madeiras serradas e em toras de diversas espécies sem licença. A madeira sem comprovação de origem foi apreendida e serras e máquinas lacradas. As multas aplicadas somaram 194 mil reais.
Os outros quatro Autos de Infração foram lavrados na barreira de fiscalização, por transportar madeira sem a Guia Florestal ou em desacordo com o documento, resultando, além das multas aplicadas, na apreensão dos caminhões e de 111 m3 de madeiras serradas e em toras. O pequeno número de autuações por transporte irregular de madeiras é um indicativo de como a presença da barreira de fiscalização inibe a prática ilegal.
No entendimento do Gerente Executivo do Ibama em Santarém, Daniel Cohenca "a madeira legalizada é oriunda de planos de manejo por meio dos quais se busca a sustentabilidade ambiental e geram benefícios aos municípios. No entanto, a madeira extraída ilegalmente, que em geral é roubada de terras públicas, compromete a perpetuidade da atividade madeireira, provoca severos danos ambientais à Floresta Amazônica, não gera impostos, utiliza mão de obra informal e assim não contribui para quase nenhum benefício econômico, social ou ambiental ao estado do Pará e ao país."
O Plano de Ação para a Prevenção e Controle ao Desmatamento na Amazônia Brasileira é uma estratégia do Governo Federal que tem como meta atuar permanentemente na região com objetivo de conter o desmatamento, buscando a redução dos ilícitos ambientais.
(Por Cristian Dietrich, Ascom Ibama,02/08/2007)