Depois de afetar a comercialização de ostras e mariscos na região de Florianópolis, em fevereiro, Governador Celso Ramos e Bombinhas, em março, e Penha e São Francisco do Sul, na semana passada, a hiperconcentração de microalgas - mais conhecida como maré vermelha - volta a atrapalhar o trabalho dos produtores de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis.
A distribuição dos moluscos foi proibida nesta segunda-feira pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) até que a quantidade dessas algas esteja normalizada no local.
O fenômeno, explica o coordenador regional de maricultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Paulo de Tarso Rozas Rodrigues, não afeta as outras regiões.
- Isso é um fenômeno normal, natural, e que acontece em todas as partes do mundo.
De acordo com ele, o aumento no anúncio da concentração dessas algas se deve a um controle maior que estamos fazendo, através de análise no laboratório da Univali.
Epagri monitora todo processo produtivo
Há um ano, explicou o técnico, semanalmente, é feito esse monitoramento em todas as regiões de Santa Catarina. O objetivo é certificar a qualidade das ostras e mariscos catarinenses, já que os produtores visam o mercado internacional.
A Epagri de Santa Catarina informa que atualmente, o Estado é responsável por aproximadamente 90% da produção nacional.
Nas baías de Penha e de São Francisco do Sul, a situação está quase totalmente normalizada, afirma o coordenador de maricultura. A notícia sobre o fenômeno no Litoral de SC fez com que donos de restaurantes de São Paulo, principal mercado consumidor, parassem de comprar os moluscos catarinsnes. O consumo pode causar dor de cabeça, vômitos e náuseas.
(Por Graziele Dal-Bó,
Diário Catarinense, 01/08/2007)