O mundo hoje já conta com aproximadamente 450 produtos nanotecnológicos, segundo Oswaldo Alves, da Unicamp. Como a quantidade dos aparelhos eletrônicos, de cosméticos, de alimentos e de medicamentos feitos a partir da nanotecnologia só tende a crescer, o debate em torno das conseqüências ambientais e até éticas desses processos está bem mais quente. Para Alves, esse tema é importante, mas ele não pode engessar o desenvolvimento do setor.
"Essa discussão é relevante. Sabemos pouco sobre os efeitos das nanoestruturas no meio ambiente, em animais e humanos", afirma o cientista. Para ele, isso significa que é preciso conhecer as potencialidades dessa nova tecnologia, ao lado também dos seus riscos reais. "É preciso delinear estratégias de apropriação consciente e conseqüente da nanotecnologia", diz.
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Folha de S.Paulo, 01/08/2007)