O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, visitou projetos de conservação ambiental ao pé do planalto tibetano e ofereceu à China cooperação para combater o aquecimento global e a mudança climática, informou nesta terça-feira (31/07) a imprensa estatal chinesa.
Paulson visitou o lago Qinghai, o maior da China, e que está sofrendo as conseqüências do aquecimento global. Ele destacou que a cooperação ambiental entre os dois países, os mais poluentes do mundo, não será esquecida, já que está incluída no Diálogo Estratégico criado em 2006 pelos presidentes George Bush e Hu Jintao. - Os planos da China de aumentar a eficiência energética estão encaminhados a conseguir progressos nas emissões de dióxido de carbono - disse o representante americano.
Washington e Pequim, acrescentou, podem trabalhar juntos em melhoras tecnológicas, "especialmente em energias limpas". Paulson se reunirá esta semana com líderes comunistas chineses em Pequim. Mas ele optou por começar a sua quarta viagem à China desde que assumiu o cargo numa região natural ameaçada, lembrando assim seus anos de presidente da organização ambientalista Nature Conservancy.
O secretário do Tesouro examinou os projetos de reflorestamento em zonas desérticas ao redor do lago Qinghai, reuniu-se com famílias camponesas que vivem nas suas margens, e debateu sistemas de melhora do espaço natural com políticos locais. O lago Qinghai, de água salgada e um dos mais importantes ambientes naturais do oeste da China, é ameaçado pelo avanço dos desertos do norte do país e pelo aumento das temperaturas.
No entanto, segundo os especialistas chineses, a diminuição de sua área será revertida por volta de 2016, quando a mudança climática derreterá as geleiras tibetanas. A Administração Estatal de Proteção Ambiental chinesa decidiu elaborar uma "lista negra" com as empresas mais poluentes para impedir que elas obtenham empréstimos bancários, segundo informou hoje a agência estatal "Xinhua".
O órgão enviou sua primeira lista de 30 empresas ao Banco Popular da China (central) e à Comissão Reguladora dos Bancos, que não poderão conceder empréstimos às companhias. A política de "créditos verdes" não permitirá que nenhum banco conceda créditos a empresas que não passem nos testes ambientais. - Cortar as fontes de crédito para as companhias que violam seriamente as leis é uma necessidade urgente para frear seu impulso investidor - disse o subdiretor do órgão regulador, Pan Yue.
(Efe/
JB, 31/07/2007)