Lajeado - O município tem hoje 489 empresas que geram algum tipo de resíduo que agride a natureza. Dessas, 46 já arrumaram um local correto a um custo acessível para levar esse lixo: a Central de Resíduos Sólidos, que em Lajeado deve ser inaugurada daqui a seis meses. O projeto de R$ 950 mil está sendo construído ao lado do aterro sanitário e levou muitos empresários preocupados com o meio ambiente à reunião-almoço na Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil).
O presidente da Fundação Pró-Rio Taquari, Valmor Scapini, e os secretários municipais da Indústria e Comércio, Carlos Alberto Martini, e do Meio Ambiente, Simone Beatris Schneider, informaram sobre o estágio das obras e a importância da central. Ali serão depositados os resíduos gerados por organizações e os que não podem ser armazenados em aterros comuns porque causam danos ecológicos. "Com o projeto vamos contemplar uma grande demanda, tanto de resíduos de empresas quanto de saúde", salienta Simone, que menciona também a capacidade de armazenamento: 200 metros cúbicos/mês.
Só que para o projeto ser viabilizado de forma plena é necessária a participação de mais empresas. Funciona assim: as organizações que geram resíduos sólidos compram uma cota na central, onde podem depositar seu lixo. Sai muito mais em conta do que terceirizar o serviço e enviar o resíduo para outra cidade. Ou então pagar multa por jogá-lo na barranca do rio, o que configura crime grave. Foi Martini quem chamou a atenção para a questão da responsabilidade social e da importância da associação das empresas. As que se apressarem serão as grandes vitoriosas, pois além das 46 já associadas, resta espaço para no máximo 30 outras indústrias.
ReferênciaScapini salientou que a Central de Resíduos Sólidos será referência para outros municípios. O presidente da Fundação Pró-Rio Taquari explicou ainda que ela está sendo construída para ajudar a diminuir as agressões ao meio ambiente, mas também para tornar viáveis os custos com o armazenamento de resíduos às pequenas empresas. Com o projeto instalado em Lajeado, as despesas no transporte e acondicionamento de resíduos podem diminuir em até 100%. A empresa que quiser se tornar dona de uma cota terá que comprar no mínimo meio metro cúbico, o que em termos de custos equivale a R$ 1,8 mil. No final do mês terá uma despesa de R$ 70 ou R$ 110 para manutenção e acondicionamento do lixo na central. Quem comprar meio metro cúbico terá direito a levar, por dia, 2,5 tambores de 200 litros de lixo.
A Central de Resíduos Sólidos será contemplada com quatro pavilhões e dez valas para resíduos. É projetada para ter uma vida útil de dez anos. As cotas estão disponíveis para novos associados. Informações pelo 3011-1175.
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O Informativo do Vale, 31/07/2007)