A hipótese que vem sendo trabalhada como causa do incêndio que destruiu uma usina de reciclagem, na madrugada de domingo, em Capela de Santana, no município localizado no Vale do Caí, é que o fogo tenha começado a partir da ação de vândalos. As chamas começaram em fardos de garrafas plásticas armazenados na área externa. 'A perda foi praticamente total', lamentou o representante da usina, Adelmo Pires Machado.
Uma das principais preocupações, agora, é com as famílias dos oito funcionários que dependem do trabalho no local. O fogo consumiu 50 toneladas de material reciclável e um galpão de alvenaria com 300 metros2, resultando um prejuízo estimado em R$ 300 mil, incluindo o maquinário. Só um equipamento ainda tem condições de ser reaproveitado, mas antes terá que ser reformado. Parte do material fazia parte de encomenda que deveria ser entregue ontem a uma empresa.
Parte dos funcionários estiveram ontem no local para saber qual será o futuro da usina. O proprietário da empresa garantiu a recuperação da usina, com a contratação de um maior número de funcionários. O fato de Capela de Santana não contar com uma Seção de Combate a Incêndios fez com que o atendimento chegasse mais de meia hora após o início do incidente. A inexistência de rede de hidrantes dificultou o trabalho dos bombeiros, que tiveram que buscar água em Portão, num percurso de 40 quilômetros de ida e volta. Conforme o responsável pela usina, a intenção é mobilizar a comunidade contra os constantes atos de vandalismo e roubos registrados em Capela de Santana, que totaliza quase 12 mil habitantes.
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Correio do Povo, 31/07/2007)