A Estação de Piscicultura de Balbina - localizada no município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus) – deve receber investimentos do governo estadual, a fim de atender a criação de quelônios também.
A adequação na estrutura deve constar como um dos objetivos do Programa de Expansão da Queloniocultura – em fase de elaboração pela Secretaria Adjunta de Pesca e Aqüicultura do Estado (Sepa) – e que será lançado até o final deste ano. Segundo o assessor do órgão, Leland Barros, a fase de reestruturação lá em Balbina deve contar com parceiros, como Manaus Energia, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e iniciativa privada.
Atualmente, a Estação de Balbina tem uma estrutura composta por 34 tanques para produção de alevinos das espécies de tambaqui e matrinxã, centro de incubação, laboratório, salas para cursos e alojamento para os técnicos. Somente em 2006, foram produzidas 18 milhões de pós-larvas e 7 milhões de alevinos das espécies trabalhadas no local, voltadas à piscicultura familiar no interior amazonense.
Na opinião de Leland Barros, caso isso se viabilize, a Estação deve ajudar na reposição dos estoques. “Se o ritmo positivo em vendas atual for mantido e os estoques não forem renovados, devem se acabar dentro de três ou quatros anos. Na realidade, queremos dar escala para a queloniocultura. Inclusive, com agregação de valor, visto que, atualmente, há uma forte demanda por seus subprodutos também”, menciona. O assessor da Sepa salienta que os produtores credenciados receberam do Ibama, na década de 90, 200 mil filhotes de quelônios, porém esse fornecimento foi paralisado em 2001. De acordo com informações da Sepa, os queloniocultores estão concentrados nos municípios de Manaus, Itacoatiara, Tapauá, Manacapuru e Rio Preto da Eva. A estimativa é de aproximadamente 10 produtores comercializem os animais.
Além estabelecer uma política de reposição dos estoques, o Programa estadual de Queloniocultura - a ser lançado nos próximos meses - visa ainda o ordenamento da cadeia no Amazonas. “A meta é de que, pelo menos, 50% dos produtores clandestinos possam ser regularizados”, destaca Leland Barros.
(Por Adriana Costa,
Amazonas Em Tempo, 30/07/2007)