Segue até esta terça-feira (31/07), em Vitória, no Espírito Santo, o 1º Seminário SOS Uçá, promovido pelo Grupo Gestor do Caranguejo do Ibama/ES, em parceria com o Instituto Goiamum. O evento, que começou no domingo (29/07), tem o objetivo de definir ações de preservação do caranguejo uçá, ameaçado pela Doença do Caranguejo Letárgico (DCL).
Além de especialistas convidados, participam do evento representantes de empresas parceiras, órgãos públicos, voluntários e instituições não-governamentais que apóiam o Projeto SOS Uçá.
Apesar de todo aparato legal e institucional existente no Espírito Santo para proteger o caranguejo – um dos mais importantes recursos pesqueiros do Estado –, a cadeia produtiva do crustáceo enfrenta, no momento, a DCL. O problema afeta diretamente os catadores e traz prejuízos ambientais ainda não calculados, pois os efeitos só serão percebidos daqui a algum tempo.
Durante o seminário, estão sendo discutidos temas como “Ordenamento e sistematização da pesquisa sobre a DCL”, “A questão socioambiental – organização e planejamento”, “Ordenamento legal - Propostas para reformulação da legislação do Uçá no Espírito Santo”. Os palestrantes são Péricles Góes (Pesquisa), Paulo Henrique B. Junior (Socioambiental) e Genésio Nolli Filho (Portarias e IN's).
Na área de pesquisa, os debatedores avaliam o compromisso do setor científico no esforço de identificar o mais rápido possível a origem da DCL e as possíveis formas de combate da doença, assim como propostas de desdobramentos visando incrementar os estudos sobre as conseqüências da DCL no manguezal.
No que diz respeito às questões socioambientais, os participantes do seminário buscam identificar e incrementar alternativas de emprego e renda para os catadores de caranguejo pelo período que se fizer necessário, mantendo e apoiando suas manifestações culturais e comunitárias, evitando o êxodo e atuando na busca pela sustentabilidade ambiental.
Com relação à legislação, a idéia é aperfeiçoar a legislação local – e se possível regional – no sentido de aumentar a proteção ao caranguejo (Ucides Cordatus), estendendo esta proteção a outras áreas não-controladas e que não tenham sustentabilidade ambiental.
(Por Crislene Queiroz, Ascom-Ibama/ES, 30/07/2007)