Um evento na semana passada, durante a programação de aniversário do Inpe, celebrou o início de operação do novo sistema computacional. O equipamento tem arquitetura da Sun Microsystems e foi adquirido da NEC Corporation por US$ 2,4 milhões. O cluster faz parte da lista dos mais rápidos do mundo de acordo com o Top 500, o ranking dos computadores mais potentes do mundo.
A lista inclui equipamentos instalados em instituições públicas e privadas de todos os continentes, com aplicações voltadas às mais diversas áreas. No campo da pesquisa de tempo e clima, a máquina do CPTEC aparece na 12ª colocação, revelando-se uma das melhores infra-estruturas computacionais do mundo neste setor. Na colocação geral, o equipamento é o 416º de melhor desempenho.
“A experiência com a nova máquina irá representar uma etapa de transição para a aquisição do próximo supercomputador do Inpe”, disse Maria Assunção Faus Silva Dias, coordenadora do CPTEC. A atualização dos supercomputadores para a previsão de tempo e clima vem sendo feita em média a cada quatro anos.
"Além da boa colocação do novo cluster do Inpe, o ranking demonstra que a especificação do nosso equipamento acompanha a tendência das melhores máquinas em uso no mundo”, disse José Paulo Bonatti, pesquisador e chefe da Divisão de Modelagem e Desenvolvimento (DMD), do CPTEC, responsável pelo projeto do cluster.
O novo sistema computacional do CPTEC/INPE foi adquirido com recursos do Projeto de Tecnologia da Informação para Meteorologia (Protim), do governo federal. “A aquisição deverá trazer ganhos de experiência em sistemas computacionais em ambiente massivamente paralelo”, disse Bonatti. Essa tecnologia, que dispõe de centenas ou milhares de processadores atuando em conjunto, é a mais nova tendência da arquitetura computacional de alta performance.
A performance do novo cluster é de 4,5 teraflops (trilhão de cálculos) por segundo. Para as previsões meteorológicas diárias, o CPTEC/INPE utiliza, atualmente, o supercomputador NEC SX-6, com 12 nós, totalizando 96 processadores e velocidade de pico de 0,76 teraflops por segundo.
Bonatti destaca, no entanto, que não se devem comparar diretamente os números dos dois sistemas computacionais – o cluster e o operacional –, uma vez que se trata de máquinas com arquiteturas de processamento diferentes.
A nova máquina irá exigir um grande esforço de desenvolvimento de software. “O foco será o desenvolvimento dos mesmos programas operacionais de previsão de tempo e clima e de assimilação de dados que rodam hoje no SX-6”, disse Bonatti.
Mais informações: www.inpe.br
(Agência Fapesp, 30/07/2007)