O director do Centro Nacional de Oncologia, Fernando Miguel, disse, em Luanda, que a lei sobre energia atómica, recentemente aprovada pela Assembleia Nacional, permitirá uma utilização adequada do material radioactivo, a exemplo dos aparelhos de Raio X. Em entrevista exclusiva à Angop, aquele responsável explicou que o uso deste material tem sido já feito no país, só que passa agora a ter uma inovação que é o de ter um órgão fiscalizador.
Em seu entender, o mau uso de materiais radioactivos em indústrias cervejeiras, petrolíferas bem como em hospitais pode trazer graves problemas à saúde, concretamente o surgimento de doenças como o cancro. Agora, observou, com o Núcleo Multisectorial de Tecnologia Nuclear são estabelecidos parâmetros para a colocação dos referidos materiais. No caso da saúde ela é benéfica porquanto pode ser empregue no tratamento do cancro que pode ser feita cirurgicamente, sistematicamente ( a chamada quimioterapia) e regionalmente, através de radioterapia.
Este método, na opinião do especialista, é também usado no combate à doença do sono através da esterilização da mosca, utilizando a energia nuclear, e no combate à malária. O Centro Nacional de Oncologia tem como missão a prevenção de diagnóstico precoce e tratamento e seguimento de pacientes que padecem de cancro.
O seu director reconheceu ser complicado o tratamento de um cancro por ser uma doença que não se previne e com custos muito altos, exemplificando que a ampola mais barata para esta doença está avaliada em 300 dólares norte-americanos. A lei sobre a energia atómica foi aprovada pela Assembleia Nacional no dia 28 de Junho de 2007 com objectivo de regular o uso das substâncias radioactivas, com normas para actividades ligadas a energia atómica e fonte de radiação ionizante bem como proteger a vida e a saúde dos cidadãos.
(
Angola Press, 28/07/2007)