As altas temperaturas no hemisfério norte podem provocar um maior número de mortos entre os imigrantes ilegais que buscam chegar ao território americano cruzando a fronteira do México com os Estados Unidos, anunciou neste sábado (28/07) a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
O órgão mexicano disse em comunicado que "em 2007 se pode registrar um recorde se não forem tomadas medidas adequadas, particularmente nos meses de julho, agosto e setembro".
Embora a CNDH não tenha mencionado o número, autoridades e organizações governamentais afirmam que entre 400 e 500 pessoas morrem a cada ano tentando atravessar a fronteira em direção aos EUA.
A CNDH disse no comunicado que, de acordo com números oficiais, até junho deste ano morreram 210 imigrantes na zona fronteiriça. ONGs calculam que o número pode ser superior a 275.
"Os números revelam que o aumento da vigilância na fronteira estabelecida pelos Estados Unidos continua empurrando o fluxo migratório para zonas de risco cada vez maior", disse a CNDH.
Em relação a mortes de imigrantes do lado mexicano da fronteira, o órgão fez um apelo ao Instituto Nacional de Migração do México para que fortaleça a presença dos Grupos Beta de Atendimento a Migrantes nas fronteiras.
Os Grupos Beta, integrados por pessoal desarmado e capacitado, recuperaram a cerca de 2.000 imigrantes ilegais em perigo nas áreas fronteiriças do norte e do sul do México no primeiro trimestre, segundo dados oficiais.
A CNDH também pediu "às pessoas que consideraram atravessar a fronteira dos EUA para que levem em conta o risco que representam as altas temperaturas".
"Excluam a possibilidade de levar crianças, a grávidas ou toda pessoa que por condições de saúde seja mais vulnerável".
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EFE, 28/07/2007)