A solicitação de manifestação de interesse por parte das empresas que pretendem formatar o projeto de revitalização do Cais do Porto, na Capital, será publicada nos jornais do Estado e do centro do país na próxima terça-feira. O acordo foi firmado ontem pela governadora Yeda Crusius e pelo prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, em solenidade no Palácio Piratini, que reuniu secretários estaduais, municipais e vereadores.
Pelo documento, as empresas interessadas terão 60 dias para manifestar intenção em trabalhar na modelagem do projeto. Após essa fase, uma comissão formada por representantes dos governos estadual e municipal escolherá a responsável pelo trabalho, que terá prazo de 150 dias para definir um plano de negócios ao local. Deverá ser apresentado estudo de viabilidade econômico-financeira e projeto de desenvolvimento sustentável do Cais.
Só depois dessa etapa, provavelmente em dezembro, será lançado o edital para a obra, que deverá começar no segundo trimestre de 2008, conforme prevê o governo do Estado. A intenção é revitalizar o Cais, oferecendo opções de lazer, gastronomia e cultura. Os governos do Estado e da Capital não terão custo e a empresa vencedora da licitação irá remunerar aquela que ficar responsável pela elaboração do plano de negócios. Segundo a governadora, o projeto deverá ser discutido por toda a sociedade. 'Ele vai mudar muito o Centro da Capital e é uma demanda de todos os gaúchos. Queremos desenhar um projeto para essa área da forma mais transparente possível, respeitando a natureza e a história do porto', afirmou Yeda Crusius.
Fogaça disse que a obra terá que ser feita com recursos privados, porque Estado e município não dispõem de verba suficiente. 'O governo está abrindo possibilidades para que alguém se apresente', observou. Conforme o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais do RS, Nelson Proença, a modelagem definirá o tipo de projeto viável para a área, de 180 mil metros quadrados. 'A partir dessa formatação, saberemos o que poderá ser instalado no local e daí teremos idéia do investimento necessário', apontou.
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Correio do Povo, 28/07/2007)