(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
bagaço da cana
2007-07-27
Recolher, separar e armazenar a palha e o bagaço da cana-de-açúcar têm sido tarefas desafiadoras para os produtores no setor sucroalcoeiro, diante da tendência atual de usar também essas matérias-primas na geração de energia. Para Suleiman Hassuanni, coordenador de pesquisa tecnológica do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), usar a palha é aproveitar o máximo de biomassa da cana, tanto para a produção de biodiesel como para ser usado como energia para alimentar a usina. É preciso, no entanto, definir o modo mais fácil e barato de fazer esse aproveitamento.

“De cada tonelada de cana, 140 quilos são de palha. Trata-se de um poder calorífico que não pode ser desprezado”, disse Hassuanni à Agência FAPESP durante o 5º Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira (Simtec), realizado na semana passada em Piracicaba, interior de São Paulo.

Ele cita algumas técnicas de recolhimento, como o uso de máquinas que fazem o fardamento da palha, ou de forrageiras, que as aspiram. Mas, enquanto o fardamento necessita de outras máquinas para recolher os fardos posteriormente, as forrageiras trazem junto 10% de terra, tornando necessário o trabalho de separá-la da palha.

Outra opção seria separar a palha e a cana-de-açúcar no ato da colheita, mas isso forçaria a colheitadeira a fazer uma função que não é a dela. As pesquisas do CTC apontaram para a solução mais viável. “O conceito que estamos desenvolvendo é o de trazer a palha junto com a cana, não sendo necessário mudar as funções das máquinas”, explicou Hassuanni.

Na usina é feita a limpeza a seco da cana-de-açúcar – um sistema de ventiladores separa a cana e a palha para diferentes esteiras. A palha segue por uma peneira que retira a terra. Esta, por sua vez, é devolvida ao campo, passa por um triturador e é compactada.

“No passado, não havia valor para a palha, que era queimada no campo. Mas, hoje, a palha tem um grande valor como combustível”, destacou Hassuanni, informando que o custo para carregar a palha junto com a cana é de US$ 14 por tonelada seca, o mais baixo dentre as alternativas analisadas pelo CTC.

Energia estocada
Outro grande problema é armazenar o bagaço, que pode fermentar e prejudicar todo o estoque. Por isso, a prática é queimá-lo tão logo chegue à usina. “É um desperdício usar o bagaço úmido para alimentar as caldeiras”, disse Isaac Ruben, do setor de bioenergia da Sume2, empresa que fabrica briquetes do bagaço da cana-de-açúcar.

Ruben apresentou no Simtec um processo de compactação, cuja patente saiu no início do ano e que pode reduzir em até dez vezes o volume dessa matéria-prima. “Todo o processo ocorre dentro da usina e resolve o problema de estocagem”, afirmou, destacando que o bagaço seco não corre o risco de fermentar.

Após o processo de secagem, o bagaço é picado e levado a uma moenda que alimenta um compactador. São feitos, então, bastões de 38 milímetros de diâmetro, cuja densidade varia de 500 a 600 kg/m³. Segundo Ruben, esses bastões, batizados de bripell, funcionam como uma reserva de energia que pode ser estocada ou ainda vendida como um produto. “Como é possível administrar o espelho d’água de uma hidrelétrica para produzir energia quando for mais conveniente, também podemos guardar os briquetes e usá-los quando for necessário”, resumiu Ruben.

(Por Murilo Alves Pereira, Agência Fapesp, 25/07/2007)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -