Os integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) suspenderam, ontem, as mobilizações no Rio Grande do Sul. Conforme as direções de ambos os grupos, a reunião entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e os produtores, em Brasília, sinalizou com perspectivas positivas, apesar de ter se encerrado sem acordo. O prédio do Ministério da Fazenda, na Capital, foi desocupado ontem pela manhã, após reintegração de posse. Durante o dia, houve protesto no Banco Central. O MST ainda realizou ato em frente ao prédio do Incra, cobrando aceleração da reforma agrária.
Em Frederico Westphalen, centenas de agricultores voltaram a protestar em frente às agências do Banrisul e do Banco do Brasil. Também realizaram manifestações em Sarandi, Palmeira das Missões e Santo Augusto. No Vale do Rio Pardo, a ação foi em Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul
O coordenador do MPA, Plínio Simas, afirma que novas ações poderão ocorrer, principalmente antes do encontro agendado com a governadora Yeda Crusius, no dia 3 de agosto, e da próxima reunião entre o MDA e as entidades, no dia 7.
O presidente da Fetag, Elton Weber, revela que o governo admitiu, ontem, conceder rebates e prorrogar as dívidas de custeio e investimento das safras 2003/04, 2004/05 e 2005/06. 'A nossa proposta é que os bônus sejam maiores do que os oferecidos à agricultura empresarial', revela. A expectativa é que, até o dia 18 do mês que vem, o assunto esteja liquidado. 'O ministro deverá fazer proposta em cima desses valores. O ideal é que tivéssemos de dez a 15 anos sem juros', comenta.
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CP, 27/07/2007)